Representantes da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), empresa que administra o Terminal Rodoviário Lucídio Portela, receberam, na manhã dessa quarta-feira (26), a visita do chefe de gabinete da Secretaria de Estado dos Transportes do Piauí (Setrans), Emanuel Nogueira, que averiguou o andamento da reforma do terminal.
O gerente de operações da Sinart, Adevaldo Santos, afirmou que em agosto encerra a primeira etapa das obras que estão sendo realizadas. “É uma inspeção normal da primeira etapa que está prevista para ser entregue na primeira quinzena de agosto, que compõe o novo elevador social do terminal, a primeira parte da praça de alimentação, com entrega de alguns restaurantes e lojas de variedades. Vão ser entregue dois sanitários, sendo um do piso superior e outra do inferior, todos reformados e a nova caixa d’água. Na segunda etapa vamos reformar outro sanitário na parte da plataforma, e vamos dar continuidade nos serviços da praça de alimentação e a reforma dos guichês do primeiro piso. Já foram investidos algo em torno de R$ 2 milhões”, explicou.
Adevaldo destacou que desde que a Sinart assumiu a administração do Terminal Rodoviário, estão sendo feitas várias mudanças. “Quando a Sinart assumiu, colocamos toda a equipe operacional em campo, hoje aproximadamente 60 colaboradores, desde a parte de fiscalização, controle de acesso e limpeza. A partir daí fizemos alguns serviços de emergência, que foi colocar em uso, alguns pontos importantes do terminal, como parte de iluminação, sanitário, o muro, entre outros serviços. Vamos ter no terminal um posto avançado do da Polícia Civil e da Militar e teremos também uma equipe do juizado de menores, Setrans, Sasc e ANTT, então vários órgãos trabalhando aqui”, esclareceu.
O chefe de gabinete da Strans, Emanuel Nogueira, destacou a cooperação entre diversos setores para o andamento e conclusão das obras. “É um processo em andamento há um certo tempo e são muitos agentes envolvidos, locatários, permissionários, agentes públicos representantes do governo do estado e a empresa responsável pela atual administração, todos promovendo esforços para que as obras sejam entregues o mais rápido possível e com qualidade, pois não adianta ter uma rapidez sem eficiência”, pontuou.
Mudanças
Ivaldo Veloso, que faz a venda de bilhetes no Terminal, afirmou ao GP1 que após a concessão dos serviços para a Sinart, houve uma grande melhoria para os passageiros e para quem trabalha no local.
“Hoje está melhor. A comunicação está maravilhosa. A gente vai até eles se tiver algum problema e rapidamente temos alguma solução. Atendem a gente muito bem. Em questão da obra, é lento, mas melhorou muito as escadas, os banheiros estão bem, existem alguns que não estão funcionando, mas quando você entra já percebe as melhorias. Para nós, em termo de administração está maravilhosa e eu acho que vai melhorar muito mais. Aqui a gente tem a quem recorrer e é bom ter esse apoio, sem falar na fiscalização”, afirmou.
O taxista Damião Vilela também defendeu as melhorias realizadas. “Melhorou muito na limpeza, temos mais organização. Temos agora a escada rolante e para a gente que trabalha melhorou bastante. Aqui tinha muitos pedintes e isso foi afastado totalmente, não tem mais. Temos mais segurança e para trabalhar é mais tranquilo. Para nós isso significa mais passageiros, pois há mais confiança no terminal”, disse Damião.
Orisvaldo Lemos, presidente dos comerciantes do terminal, criticou a lentidão das obras. “Para falar a verdade, desde o início desse projeto, as coisas quase não têm andado. Tinha prazo estabelecido para fazer as reformas, onde as preliminares eram de seis meses, incluindo os banheiros, a iluminação e a cobertura que está deteriorada. Algumas coisas estão sendo feitas, é verdade. A escada foi colocada, eles estão trabalhando, mas o prazo estabelecido no contrato não foi obedecido, já se passaram um ano e seis meses e as coisas pouco mudaram. A gente fica sofrendo, pois hoje não temos nenhum caixa 24h, os banheiros, só tem o de baixo. A gente aqui não é contra a reforma, mas é que ela não sai do lugar. A cobrança das taxas de embarque afastou os passageiros, sendo que tá R$ 3,20 e R$ 4,20, isso é muito, é caro. Se as reformas estivessem concluídas as pessoas até entenderiam", criticou.
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