O acusado de matar a psicóloga Joaquina Maria Pereira Vieira de Barros, um adolescente de 16 anos, apreendido na última sexta-feira (30), em Timon, por uma equipe da Delegacia de Homicídios de Teresina, confessou o crime a polícia e deu detalhes de como ocorreu.
De acordo com a Polícia Civil, o menor, sobrinho da vítima, detalhou com frieza como assassinou a tia, afirmando que ouvia uma ‘voz’ falando para ele matá-la. Ele contou que pegou um ônibus de Timon para Teresina e foi até a casa da vítima. Em seguida, pulou o muro da residência, entrou, e viu Joaquina Maria dando refeição para o cachorro. Nesse momento, ele cobriu o rosto e deu uma ‘gravata’ na tia, espécie de golpe no qual a vítima é imobilizada com um braço em volta do pescoço.
- Foto: Facebook/Joaquina BarrosJoaquina Barros
O menor revelou que, após o golpe, a vítima adormeceu. Segundo a Polícia Civil, o acusado relatou que, ao perceber que Joaquina Maria estava acordando, pegou uma faca e cortou a artéria do pescoço da psicóloga. Ele contou aos policiais que a tia "morreu sem saber que ele era seu assassino".
Toda a cena do crime foi reconstituída pelo menor, após a apreensão. Conforme a polícia, o acusado fazia acompanhamento psicológico, mas há três semanas havia parado. O adolescente também disse que sofria bullying, inclusive, por parte da tia. De acordo com o menor, ele já havia morado com a psicóloga durante seis meses e por diversas vezes foi chamado por ela de burro.
No momento da apreensão o garoto mostrou tranquilidade e recebeu a polícia com a seguinte frase: "Vocês demoraram chegar, pensei que vocês vinham antes". Ainda conforme a polícia, o adolescente planejava matar um outro tio.
A arma utilizada no crime não foi encontrada.
Relembre o caso
A psicóloga Joaquina Maria Pereira Vieira de Barros, uma das proprietárias da Clínica Reintegrar, foi encontrada morta no dia 25 do mês de junho, pela filha de nove anos, dentro de sua residência localizada no bairro Macaúba, zona sul de Teresina. A criança, ao acordar, encontrou a mãe e procurou por socorro, mas ela já estava sem vida.
O coordenador da Delegacia de Homicídios, o delegado Barêtta, informou que o menor tentou fazer o crime parecer um latrocínio e que ele não tinha motivos para matar a tia. "Ele só disse que tinha ódio e que sofria bullying. É uma pessoa inexplicável, deve ser um psicopata", contou Barêtta.
Ver todos os comentários | 0 |