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Teresina - Piauí

Juiz nega liberdade a acusados da morte de Leandro César

A decisão do juiz de direito Washington Luiz Gonçalves Correia, da 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, é de 18 de maio deste ano.

O juiz de direito Washington Luiz Gonçalves Correia, da 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, negou pedido de concessão de liberdade a Jonnes Eduardo da Silva e André Vieira da Silva, acusados de envolvimento na morte do empresário Leandro César Sousa Gonçalves. A decisão é de 18 de maio deste ano.

André pediu a revogação da prisão preventiva em razão de não estarem presentes os requisitos ensejadores da referida prisão, mais especificamente no que se refere a indícios suficientes de autoria e que não teria conhecimento de que a sua motocicleta seria usada para a prática do crime. Ademais, aduziu ser portador de doença grave (câncer no pescoço, virilha e abdômen) e que necessita comparecer toda semana ao Hospital São Marcos para acompanhamento médico.


Já Jonnes pediu a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas alegando a ausência dos requisitos e fundamentação para manutenção de sua prisão preventiva, uma vez que existem meras suspeitas de sua participação no delito. Afirmou ainda ser primário, sem maus antecedentes, que possui residência fixa, bem como que se apresentou espontaneamente para o cumprimento da prisão preventiva.

  • Foto: Facebook/ Leandro SousaLeandro César SousaLeandro César Sousa

O Ministério Público do Estado opinou pelo indeferimento dos dois pedidos.

Para o juiz, a existência da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria contra Jonnes e André se encontram devidamente demonstrados nos autos, onde há trechos de conversas por áudio entre outro acusado (Francisco das Chagas de Oliveira Filho) e Jonnes supostamente combinando a execução do assalto e onde Francisco das Chagas de Oliveira Filho informa que foi André quem forneceu a moto para a prática do crime.

“Ademais, trata-se de crime de alta potencialidade, pois o requerente está sendo acusado pela prática de latrocínio (art. 157, §3º parte final do Código Penal), cuja pena é de reclusão de 07 (sete) a 15 (quinze) anos, autorizando então a decretação da prisão preventiva, nos moldes do art. 313, inciso I do Código de Processo Penal”, disse o juiz nas duas decisões.

Por fim, o magistrado negou os dois pedidos requeridos pelas defesas dos acusados.

O crime

O proprietário do depósito LM Bebidas e Gás, Leandro César, foi morto a tiros após reagir a uma tentativa de assalto, no dia 20 de fevereiro. A vítima vinha da cidade de Demerval Lobão com mais de 20 mil reais dentro de seu veículo, quando foi abordada por uma dupla que estava em uma motocicleta, na rua 4 do bairro lourival Parente. Leandro reagiu batendo o carro contra a moto. Um dos bandidos caiu e o outro atirou contra o empresário que foi atingido por dois disparos na cabeça e morreu na hora.

Ao todo, seis pessoas participaram da ação: o mentor do crime, Francisco das Chagas de Oliveira Filho, conhecido como “Tanquinho”; André Vieira da Silva, vulgo “Loirinho”, proprietário da moto que foi emprestada para o assalto; Jones Eduardo da Silva, conhecido como “John John”, um dos articuladores, ajudou a planejar o crime e também fazia o monitoramento do empresário junto com Francisco das Chagas; Caio, proprietário do veículo Prisma, usado no suporte do crime, e uma mulher identificada como Yasmin Abreu Rocha, irmã de Sanatiel, autor dos disparos. Yasmin seria usada no primeiro plano, para atrair o comerciante. Ela é a única que continua foragida, todos os outros envolvidos já foram presos.

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