O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) revelou dados preocupantes do primeiro quadrimestre desse ano. Os atendimentos às pessoas vítimas de arma de fogo aumentaram 30,7% e às de vítimas de arma branca 32,6%, se comparados com o mesmo período do ano passado.
Somente em 2017, foram atendidas no HUT 468 vítimas de arma branca, 319 vítimas de arma de fogo, 175 espancamentos e 68 por outros meios. Incluindo todos os motivos de entrada de pessoas vítimas de agressão física no Hospital, o aumento foi de 11,3%.
De acordo com o cirurgião geral e diretor geral do HUT, Dr. Gilberto Albuquerque, esse tipo de paciente requer um atendimento rápido e especializado. “Esses pacientes, geralmente, são muito graves e necessitam de atendimento imediato. O HUT possui equipes de plantão 24 horas para o atendimento de pessoas vítimas do trauma. Quanto mais rápido for o atendimento, maior será a chance da equipe de salvar a vida do paciente e, consequentemente, menor será o risco dele ficar com sequelas graves”, explicou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Gilberto Albuquerque
Segundo o diretor, durante os finais de semana e feriados prolongados esse tipo de atendimento costuma aumentar em torno de 30% com relação aos dias normais. “Como já temos essa previsão, nos preparamos para receber essa demanda maior nos finais de semana e feriados. Temos nove salas de cirurgias que funcionam 24 horas, contabilizando no final do mês mais de 1.300 cirurgias. Ano passado o HUT foi o hospital do Brasil que mais fez reconstrução de face. Realizamos 576 cirurgias de reconstrução de face, seguido do Instituto Dr. José Frota (Fortaleza – CE), com 554 cirurgias, e do Hospital Regional de Arapiraca (AL), com 501 procedimentos. Muitos desses pacientes são vítimas de agressão”, comentou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Hospital de Urgências de Teresina (HUT)
O HUT abriu recentemente uma porta exclusiva para pacientes mais graves encaminhados pelas ambulâncias de suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para agilizar ainda mais o atendimento. Essa nova medida facilitou ainda mais o acesso desses pacientes e aumentou a chance de salvar mais vidas.
O médico Nagele Lima, gerente do Pronto Atendimento do HUT, especialista em urgência e emergência e cardiologia, explica que o tempo é crucial para esse tipo de paciente e essa nova medida tem facilitado mais o acesso e contribuído para minimizar os riscos de sequelas graves. “Com esse acesso direto à sala de estabilização estamos conseguindo diminuir bastante o tempo do primeiro atendimento. Isso é muito importante, pois estamos conseguindo salvar mais vidas”, destacou o médico.
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