Cerca de 500 pessoas, de movimentos sociais e entidades sindicais realizam uma manifestação na manhã dessa sexta-feira (10) em Teresina, contra as reformas Trabalhista e da Previdência Social e o governo de Michel Temer. Diversos setores paralisaram as atividades em um movimento que acontece em nível nacional.
A concentração teve início às 8h na praça da Bandeira, Centro de Teresina. O grupo está seguindo pelas ruas do Centro e pela Avenida Frei Serafim e vai encerrar o ato em frente à Delegacia Regional do Trabalho.
De acordo com o presidente do Sindicato do Bancários, Arimatéia Passos, é preciso acordar os trabalhadores brasileiros. “Estamos aqui numa mobilização nacional, pois a lei que vai derrubar os direitos trabalhistas começa a vigorar amanhã. Vamos tentar acordar o povo brasileiro, o povo piauiense, os trabalhadores piauienses, porque todos nós seremos afetados com a nova lei trabalhista”, afirmou.
Arimatéia disse ainda que a manifestação também é em prol dos bancos públicos, que ameaçam ser privatizados. “Estamos também lutando pelo não fechamento dos bancos públicos, Caixa, Banco do Brasil, que também correm o risco de serem privatizados pelo governo federal”, completou.
O diretor de mobilização do sindicato dos urbanitários, Hebert Marinho disse que todas as empresas de energia elétrica estão se mobilizando contra as reformas de Temer. “Aqui no Piauí represento as empresas Cepisa e Chesf. O governo federal autorizou um aumento da energia elétrica em torno de 27%, o que encarece a vida do trabalhador. É por essas reformas, que estão colocando as empresas para a privatização, que nos unimos aos demais trabalhadores nessa manifestação”, disse.
A promotora aposentada Leida Diniz, também esteve na manifestação protestando contra as reformas. “O Brasil passa por momentos sombrios e nós como cidadãos temos o dever moral de estarmos nas ruas, nas praças para que a democracia seja retomada. É inadmissível que o Congresso Nacional venha diariamente extinguindo os direitos sociais conquistados com muita luta, suor e sangue. Então estou nesse ato em repúdio a situação política vigente”, afirmou.
Também aderiram à paralisação os professores da rede estadual e municipal de educação, docentes e servidores técnicos-administrativos das três instituições de ensino superior do Piauí: Universidade Federal, Universidade Estadual e Instituto Federal, além dos trabalhadores da Cepisa.
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