O advogado Ismael Silva e suplente de vereador protocolou nessa segunda-feira (09) junto ao Ministério Público do Estado do Piauí um ofício solicitando a suspensão do reajuste da passagem de ônibus em Teresina. Por conta do aumento de R$ 2,75 para R$ 3,30, sancionado pelo prefeito Firmino Filho (PSDB) na última quarta-feira (04), um grupo de estudantes protestou no Centro da Capital, resultando em um ônibus incendiado na noite de ontem (09).
Ismael pede ao MP, “a análise da Planilha de Custos que embasou o reajuste supramencionado, para que seja realizada averiguações acerca da veracidade dos dados nela inseridos”, a “suspensão da cobrança da tarifa do Transporte Público de R$3,30 (Três Reais e Trinta Centavos), retornando ao valor de R$2,75 (Dois Reais e Setenta e Cinco Centavos), até que se realize Audiência Pública e confirme-se os valores inseridos na Planilha de Custos que embasou o reajuste” e a “convocação de Audiência Pública para tratar acerca do tema, vez que a atuação do Ministério Público é imprescindível para a garantia e preservação do Estado Democrático de Direito”.
- Foto: Lucas Dias/GP1Ismael Silva
Na última sexta-feira (06), Ismael já havia recorrido ao Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) quanto a decisão do Conselho de Transporte Municipal da capital, sobre a redefinição da tarifa, com base na planilha elaborada e apresentada pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans).
Apesar de ser contra o aumento do valor da passagem inteira, Ismael afirmou não concordar com os atos praticados durante a manifestação nessa segunda-feira (09). “Eu acredito que os instrumentos para combater esse tipo de atitude, seja da Prefeitura de Teresina ou do Conselho Municipal de Transportes, não seja por meio de um ato de vandalismo. Eu considero esses incêndios dos veículos um vandalismo, até porque não vai melhorar nossa frota. Pelo contrário, vai reduzir a frota que a gente tem”, disse.
“A gente percebe que era um dos poucos ônibus novos da linha, que agora foi destruído por atos de vandalismo. Dentro da nossa liberdade de direito e de expressão, temos a questão do direito de manifestar e protestar, mas desde que seja um manifesto com responsabilidade e respeito e não destruindo o pouco que temos do transporte público”, finalizou Ismael Silva.
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