O GP1 recebeu uma denúncia contra a delegada titular do 5º DP, Bruna Fontenele, sobre a prática de assédio moral e outras condutas que estariam prejudicando as condições de trabalho dos policiais do distrito policial.
De acordo com os fatos narrados, além da prática de assédio moral, a delegada é acusada ainda de tratar seus comandados com autoritarismo, os colocando para realizar diligências em horários destinados ao almoço e, também, de acumular funções de outras delegacias para o 5º DP e não disponibilizar aparelhos de ar condicionado na delegacia.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegada Bruna
Outro lado
Em entrevista ao GP1, a delegada rechaçou todas as acusações e destacou que a denúncia parte de um policial, que trabalha em regime de plantão. “Ele trabalha 24h e folga 72h. O que é que acontece? Esse policial tem três dias de folga para resolver todos os problemas dele, mas ao chegar na delegacia ele quer sair para resolver questões pessoais. Se o cidadão vem até o distrito com uma queixa, o cidadão quer ser atendido e quando isso não acontece há reclamação e com todo o direito. Então o horário de trabalho é para tratar sobre questões da delegacia”, respondeu Bruna Fontenele.
Ainda de acordo com a delegada, a cerca das denúncias de acúmulo de trabalho de outra delegacia, Bruna Verena afirmou que está coordenando um grupo de atuação responsável pela conclusão de mais de 5 mil inquéritos que estão parados, necessitando de diligências, depoimentos ou execução de mandados para serem finalizados. “Eu estou no 5ºDP, mas outro delegado irá assumir o distrito, enquanto isso eu estou utilizando uma sala destinada para realizar os trabalhos de conclusão destes inquéritos. E falando nisso, eu fui premiada como a delegada mais atuante dos distritos da capital, talvez por isso alguns policiais estejam incomodados, pois estão trabalhando muito”, finalizou.
Sinpolpi
O Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), Constantino Júnior, afirmou que qualquer agente ou escrivão deve discorrer as reclamações no relatório da delegacia, registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) que o sindicato, em posse dessas informações, encaminhará ao setor jurídico, que tomará as providências: “Materializada a denúncia nós vamos tomar as providências, não há constrangimento nisso, e se for o caso levamos a reclamação até a Corregedoria. A delegada quer que os agentes trabalhem no horário de almoço, que ela vá também, acompanhe as diligências, não há problemas. Agora a denúncia tem que partir do policial ou escrivão que está se sentido prejudicado. Sendo necessário, nós representaremos civil ou criminalmente. Uma denúncia a mais ou a menos contra delegado não é constrangimento para o sindicato”, pontuou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Constantino Junior
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