Os taxistas vão tomar providências para tentar reduzir a violência que vêm sofrendo em Teresina em virtude das várias mortes de profissionais da categoria. A primeira ação será pedir à prefeitura o fechamento da danceteria Halley, localizada na zona sudeste, de onde os passageiros pegaram uma corrida com o taxista Pedro Manoel, que acabou assassinado na madrugada da última segunda-feira (22).
Os trabalhadores vão lutar para obter porte de arma, como explicou o presidente de uma cooperativa de taxistas, Pedro Ferreira, durante manifestação contra a atual situação. “Eu pedi ao prefeito em primeira mão, meio desesperado, que feche essa danceteria, porque lá não vai cidadão. É obrigação da prefeitura fechar essa casa. Vamos procurar o secretário de segurança, vamos à Assembleia Legislativa entrar com documento para que a gente possa usar armas também, se não puder, pelo menos que haja um treinamento de segurança”, ressaltou.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Pedro Ferreira
De acordo com o taxista, está cada dia mais difícil se trabalhar na capital. “A classe está de luto. Estamos na linha de fogo, em desvantagem, não temos preparo nenhum, mas não podemos sair porque é nosso trabalho. Teresina não tem indústria, não tem emprego, se você perguntar a um taxista, todos querem abandonar a profissão, mas vai viver de quê? ”, questionou.
Pedro Ferreira também teceu críticas à Polícia Civil do Piauí. “A Polícia Civil diz que está trabalhando, pois mostrem, porque nossa indignação está muito grande. Essa danceteria, a gente já tinha proibido taxi de andar lá, porque quatro carros já foram baleados saindo do local, e porque não há investigação? A Polícia Militar está trabalhando, mas a Civil não”, finalizou.
Últimos casos
Pedro Manoel foi assassinado ao fazer uma corrida para dois homens sem saber que eles estavam sendo perseguidos após saírem da danceteria Halley na madrugada desta segunda-feira (22). No último dia 15, dois homens que saíram da mesma casa noturna, pegaram um taxi e foram atacados nas proximidades do Tancredo Neves. O taxista não foi atingido, mas um dos passageiros foi alvejado.
Delegacia geral
Procurado, o delegado geral Riedel Batista não foi localizado para se pronunciar a respeito das declarações sobre a Polícia Civil do Piauí.
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