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Teresina - Piauí

Cabo é condenado à prisão por furtar coronel Lindomar Castilho

O comandante geral da PM, coronel Carlos Augusto, decidiu recomendar uma punição disciplinar de natureza grave. A decisão é do dia 21 de novembro de 2016.

A Corregedoria da Polícia Militar do Piauí julgou o processo nº 011/2016, no qual acusa o cabo José Ferreira Lima Filho, lotado no 13º Batalhão, de ter encontrado e não devolvido a carteira do subcomandante geral da PM, coronel Lindomar Castilho, e ainda de subtrair a quantia R$ 114,00 de dentro da bolsa.

Conforme o Conselho de Disciplina, como é denominado o processo administrativo disciplinar que investigou o caso, o crime aconteceu no dia 14 de janeiro de 2011, na Capital. Quando questionado nas investigações o porquê de estar em posse da carteira do coronel, o mesmo mentiu ao afirmar que tinha encontrado na rua.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Coronel Lindomar CastilhoCoronel Lindomar Castilho

Em um outro depoimento, ele confessou estar em posse da carteira e de ter furtado o dinheiro. A defesa do acusado alegou “comportamento psicoemocional instável” do acusado e pediu a aplicação de pena de menor gravidade, sendo o afastamento de exclusão das fileiras da PM/PI, ou seja, expulso da corporação. 

Encerradas as investigações, a Procuradoria Geral do Estado entendeu que foi “provado que o acusado agiu de má-fé ao não devolver a carteira de imediato, não sendo verdade que se esqueceu do objeto ao ir tratar de assuntos familiares, pois no primeiro depoimento afirmou ter saído imediatamente em busca do proprietário. E, mais ainda, quando subtraiu dinheiro que estava na carteira e mentiu sobre o local onde a teria encontrado. Portanto, é culpado e deve ser responsabilizado pela transgressão disciplinar”.

Por contrariar a missão da corporação que é o de manter a ordem e a segurança pública e ofender a classe, o comandante geral da PM, coronel Carlos Augusto, decidiu recomendar uma punição disciplinar de natureza grave, sendo a prisão do cabo por 20 dias, na Organização Policial onde o mesmo está lotado. A decisão é do dia 21 de novembro de 2016.

Em entrevista ao GP1, o coronel Carlos Augusto comentou a condenação e afirmou que esse tipo de postura do policial não é aceitável. “Todos essas ocorrências acompanhamos através de sindicância, todas as infrações são investigadas e punidas. No nosso mundo de hoje há muita impunidade, a certeza da impunidade, e a nossa legislação é muito rígida. Nós punimos imediatamente. O fato é que na Polícia Militar há uma punição. O grande clamor das ruas, é que as pessoas que cometem infrações penais sejam punidas. Essa sessão de impunidade, é que gera a sensação de insegurança e que motiva o crime. O que faz a pessoa entrar no crime é a impunidade e isso não acontece no nosso meio, pois cumprimos a legislação”, afirmou.

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