A Polícia Civil do Estado do Piauí, através do Grupo de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado, GRECO, deflagrou na manhã desta terça-feira (22) a segunda fase da Operação Vigiles com o objetivo de cumprir mandados de prisão contra servidores públicos estaduais, municipais e federais.
Dentre os presos, estão Márcio de Araújo Pereira, funcionário do Hospital Universitário (HU), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que foi preso hoje (22), e um agente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), que foi detido ontem (21). Ao todo, neste momento já são 28 pessoas presas, sendo que 26 cumprem mandado de prisão temporária e duas são de mandado de prisão preventiva. Alguns desses presos também têm participação de fraude no concurso público do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), e eles já haviam sido presos durante a realização da Operação Veritas.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Geral Riedel Batista
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista, as investigações avançaram com as prisões que ocorreram na última semana, em que foi identificado a participação de novas pessoas no esquema fraudulento. “Houve a identificação de outros elementos, após as prisões que foram efetuadas na primeira fase. São servidores estaduais, municipais e até federais. Os mandados de prisão estão sendo cumpridos e alguns deles foram executados já hoje (22)”, afirmou em entrevista ao GP1.
Indagado, Riedel Batista afirmou que não existe a presença de servidor do Corpo de Bombeiros do Piauí entre os presos. “Não tem participação de ninguém do Corpo de Bombeiros, são servidores que foram identificados e serão ouvidos nessa segunda fase da operação”, ressaltou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Carlos César Camelo
O coordenador do Greco, delegado Carlos Cesar Camelo, informou alguns detalhes sobre essa segunda fase da Operação Vigiles, como também relatou a participação dessas duas novas prisões já efetuadas. "O delegado Kleidson [Ferreira], durante os primeiros cinco dias da operação realizada, solicitou à Central de Inquéritos a prorrogação das prisões temporárias de alguns dos indivíduos que não foram soltos ainda. O Dr. Luiz Moura, da Central de Inquéritos, deferiu essas prorrogações e solicitou também as prisões de algumas pessoas que não haviam sido solicitadas no início. Surgiram indícios contra elas no decorrer dos primeiros depoimentos e das buscas e apreensões que foram feitas. O juiz decretou essas prisões e desde ontem (21), a gente ‘tá’ à procura dessas pessoas", afirmou.
"Um funcionário da Strans foi preso ontem e hoje foi preso um funcionário do HU. Os dois trabalham na organização principal da quadrilha, da realização das fraudes. O Márcio, do HU, também já foi preso na operação do TJ [Tribunal de Justiça], na operação Veritas, e do Strans também, salvo engano. As prisões foram prorrogadas por mais cinco dias. O delegado [Kleidson Ferreira] vai trabalhar nesse restante de prazo, para instruir o inquérito, e ao final, fazer um juízo de valor sobre a necessidade de uma possível conversão em prisão preventiva, mas muitas pessoas, provavelmente, também serão liberadas", complementou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco)
A segunda fase da Operação Vigiles, realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado, conta com o apoio da Delegacia Regional de Timon, além do 4º e 6º Distrito Policial (DP) de Teresina. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Luiz de Moura Correia.
“Tem algumas pessoas, que foram decretadas as prisões ontem, que não foram encontradas, mas a gente está mantendo em sigilo porque algumas equipes ainda estão em campo, para poder localizá-las”, finalizou o delegado Carlos César Camelo. Esses mandados de prisão que faltam ser cumpridos são tanto da primeira fase, como da segundas. Sobre os foragidos, alguns deles são servidores públicos.
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