O governador Wellington Dias (PT) mandou um recado aos prefeitos do interior do estado que decidiram reabrir o comércio nessa semana, mesmo com o decreto do Governo do Estado que determina o fechamento das atividades não essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus. Durante solenidade de entrega de armas à Polícia Militar e Corpo de Bombeiros na sede da PRF, que não estava na agenda pública, Wellington Dias afirmou que vai caber ao Poder Judiciário tomar uma decisão em torno cumprimento ou não dos decretos.
“Lá atrás, é bom lembrar, alguns municípios resistiram à política de isolamento. Em parceria com a Defensoria, OAB, Ministério Público, tivemos que agir, pois não existem ilhas aqui, ninguém toma medidas sem seguir a ciência. Quando um município toma uma decisão, as pessoas adoecem, precisam de internação e a rede hospitalar entra em colapso e, com isso, vai afetar os hospitais da região que cumpriu o isolamento, isso não é justo. Então, para que a gente tenha uma unificação, na mesma linha, temos que seguir de forma legal, planejada e organizada, esse é o caminho. Então, vai caber a decisão ao judiciário, se a gente permanece no plano unificado ou não. Eu defendo que a gente mantenha a linha da integração conjunta, não existe nenhum município no Piauí que possa dizer que ali não tenha coronavírus. Fizemos um diálogo com o Ministério Público, com nossa Procuradoria e as medidas que forem cabíveis nós vamos adotar, mas, além disso, buscando conversar”, disse o governador Wellington Dias.
- Foto: Paulo Barros/CcomWellington Dias na sede da PRF para recebimento de armas doadas para a PM e Corpo de Bombeiros
Videoconferência com prefeitos
O governador defendeu ainda que os municípios possam continuar seguindo as determinações elencadas nos decretos do Governo do Estado e frisou que já iniciou o processo para retomada das atividades de alguns setores da economia, sinalizando que falta pouco para que medidas de flexibilização sejam adotadas.
“Hoje à tarde mesmo vamos ter uma agenda com todos os prefeitos e prefeitas dos 224 municípios, convidamos todos. Eu digo aos prefeitos: na hora que tiver um bocado de caixão de defunto, abrindo valas no seu cemitério, quero é ver quem vai aparecer para lhe defender. É isso que nós estamos tratando, temos a chance de seguir. Quem conhece da área, especialistas da saúde, da área técnica, entramos juntos e queremos sair juntos, já estamos saindo. Chegamos até aqui, o que é custa esperar mais alguns dias e salvar vidas? Morreu alguém que não poderia ter coronavírus, quanto vale essa vida? É disso que estamos tratando, a vida em primeiro lugar”, finalizou.
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