O governador Wellington Dias voltou a falar sobre a liberação do empréstimo feito junto à Caixa Econômica Federal, durante o lançamento do programa Leão Amigo, no Palácio de Karnak, na manhã desta terça-feira (27).
Wellington agradeceu o pedido feito pelo deputado federal Júlio César, presidente Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Piauí (FAEPI), para que a Caixa libere a segunda parcela do empréstimo ao Governo do Estado.
- Foto: Laura Moura/GP1
Governador do Piauí, Wellington Dias
“Eu quero até agradecer a Federação da Agricultura e as entidades de agricultores de várias regiões. Primeiro, porque eles compreendem hoje a importância de ferrovias, como a Transcerrado, a ligação de Baixa Grande do Ribeiro em direção a serra onde há escoamento de produção, o problema é que precisa recuperar várias estradas no estado. Da mesma forma que o pessoal da educação fez uma manifestação, por que? Porque são R$ 40 milhões desse recurso para melhorias de escolas. Os municípios já se manifestaram, pois praticamente todos os municípios do Piauí vão receber 14 mil metros de asfalto, 7 mil metros de calçamento, sei lá, o valor conforme foi trabalhado no projeto, que leva em conta o tamanho do município”, declarou.
O governador afirmou ainda que não há nenhum impedimento para liberação do empréstimo. “Estou falando de coisa real, não há nenhum impedimento legal para o recurso ser creditado para o estado, não há impedimento do Tribunal de Contas do Estado, do Judiciário, não estamos inadimplentes, não estamos no CAUC, apresentamos prestação de contas, acho que é apenas decisão política”, criticou.
“Lamento quem está trabalhando contra, porque não é contra o governador, é contra o povo do Piauí, é contra quem mais precisa”, finalizou Wellington Dias.
Entenda
O governador Wellington Dias (PT) tem criticado a demora na liberação dos recursos da segunda parcela para a realização de obras de infraestrutura e mobilidade urbana. Ao todo, o empréstimo é de R$ 600 milhões e na primeira parcela foram liberados R$ 307.904.923,84 milhões.
Recentemente, o assunto virou polêmica, pois uma auditoria realizada por técnicos da Diretoria de Fiscalização da Administração Estadual (DFAE) do Tribunal de Contas do Estado apontou o descumprimento do Contrato de Empréstimo firmado entre o governo e a Caixa, pela não aplicação do total dos recursos nas obras previstas e transferências irregulares de valores para a Conta Única do Tesouro Estadual. Teria ocorrido desvio de finalidade na aplicação dos recursos da primeira parcela no valor R$ 307.904.923,84 milhões.
No dia 23 de março foi feita a reapresentação da prestação de contas dos R$ 307 milhões, referentes à utilização da primeira parcela da operação de crédito de R$ 600 milhões.
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