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Teresina - Piauí

Venezuelanos são transferidos para Centro Social em Teresina

"Aqui há água, comida, saneamento, limpeza. Agora, para que haja uma solução, que não apenas o poder público se esforce, é importante também que as pessoas se esforcem", disse Samuel Silveira

Na manhã desta quinta-feira (04), a Prefeitura Municipal de Teresina, através da Secretaria Estadual da Assistência Social, remanejou os venezuelanos refugiados na Capital para o Centro Social Urbano, localizado no bairro Buenos Aires, zona norte de Teresina. O grupo de 110 pessoas estava distribuído entre os abrigos do KM7, Pastoral de Rua e sede do MP3.

Segundo o secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas, Samuel Silveira, um acordo firmado entre Estado e Município possibilitou a transferência.


  • Foto: Helio Alef/GP1Samuel SilveiraSamuel Silveira

“Eles estavam divididos em abrigos improvisados, isso dificultava bastante a organização. Foi feito uma reunião com o Ministério da Cidadania e com representantes da ONU e foi pactuado que o Estado disponibilizaria os abrigos e a Prefeitura faria a gestão. Então, nós estamos aqui fazendo efetivamente a acomodação. É um número muito grande”, disse.

No entanto, um imbróglio cerca o caso. De acordo, Celso Raccia, membro da tribo Guarau, as cinco famílias abrigadas não possuem boas relações de convivência e atritos internos podem gerar a saída do local.

  • Foto: Helio Alef/GP1Celso RacciaCelso Raccia

“Somos 33, mas não vamos morar aqui [no abrigo], vamos sair. Já tem muita gente aqui. Vamos para outro país, vamos procurar outro lugar. As pessoas estão falando que já está cheio. Se oferecerem outro lugar, nós ficamos”, disse Celso.

Para evitar o deslocamento dos estrangeiros para outras localidades, Samuel Silveira disse que a Prefeitura está aguardando recursos federais para contratação de agentes especialistas em etnia indígena para gerenciar o convívio entre as famílias abrigadas.

“Nós fizemos a contratação de um especialista em etnia indígena e aqui se trabalhará com coordenação. Nós não estamos entregando um espaço e os deixando aqui soltos. Já contratamos os coordenadores, estamos aguardando. Os nossos agentes de produção social darão o apoio aqui e em paralelo a isso nós estamos aguardando o recurso federal chegar para fazer a contratação de um número razoável de monitores para 24 horas ficarem aqui nesse cuidado”, concluiu Samuel Silveira .

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