Velho Zeza está em prisão especial na Casa de Custódia de Teresina

A Associação Geral dos Agentes Penitenciários do Estado do Piauí (Agepen) denunciou ao GP1 que presos comuns da Casa de Custódia de Teresina estão dividindo celas no Pavilhão A, que é destinado a detentos com direito à prisão especial (aqueles que possuem curso superior completo ou para algumas autoridades).
Um dos presos que está no pavilhão especial é João Alves, mais conhecido como ‘Velho Zeza’, maior traficante de drogas de Teresina, preso em 05 de junho de 2014, durante uma megaoperação entre as polícias civil e militar.

Ainda de acordo com a Agepen-PI, além do ‘Velho Zeza’, o acusado de matar o policial militar e segurança do filho do governador Wellington Dias, em 06 de fevereiro de 2015, Wellington Bruno Pereira dos Santos, também estaria detido no mesmo pavilhão especial, mesmo não atendendo às condições necessárias.

Para a associação, a medida privilegia presos que, em sua maioria, representam perigo para os outros detentos, além de ser ilegal, pois vai de encontro ao art. 295 do Decreto-Lei nº 3.689 do Código de Processo Penal.

Outro lado

Em entrevista ao GP1, o diretor da Casa de Custódia, Dênio Marinho, justificou a remoção do “Velho Zeza” para a prisão especial, mas negou que o acusado de matar o segurança do filho do governador também esteja detido no mesmo local.
“O Velho Zeza foi para o Pavilhão A por uma orientação do Ministério Público por conta da idade, inclusive, está no prontuário dele, a orientação do Ministério Público, solicitando que o João Alves fosse colocado em um pavilhão mais ameno, por conta da idade. Não foi pelo grau de instrução e sim por conta da idade, até mesmo pela questão do comportamento. Então, eu, o vice-diretor e o chefe de disciplina, fizemos uma reunião e o colocamos lá”, justificou.

Sobre a informação que Wellington Bruno Pereira dos Santos estaria detido em prisão especial, o diretor foi categórico: “Quem passou essa informação está totalmente errado, esse preso não se encontra lá”, finalizou.

Veja a recomendação do Ministério Público do Estado do Piauí