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Teresina - Piauí

Taxistas bloqueiam Avenida Marechal Castelo Branco em protesto

Os taxistas bloquearam um dos lados da Avenida, em protesto pela morte de um colega de profissão na madrugada dessa segunda-feira (22).

Um grupo de taxistas bloqueou uma das vias da Avenida Marechal Castelo Branco na manhã desta terça-feira (23) em manifesto à morte de um profissional da categoria, Pedro Manoel de Oliveira Neto, vítima de disparos de arma de fogo na madrugada dessa segunda-feira (22), na Avenida Joaquim Nelson, bairro Dirceu, zona leste de Teresina.


  • Foto: Brunno Suênio/GP1TaxistasTaxistas

A categoria reunida partiu da Marechal até o velório de Pedro Manoel, que ocorreu em sua residência, e seguiu em um grande cortejo até o cemitério do bairro Renascença, onde o corpo foi sepultado, em clima de revolta e comoção.

  • Foto: Brunno Suênio/GP1Taxistas fizeram cortejo até o cemitério do Renascença.JPGTaxistas fizeram cortejo até o cemitério do Renascença

De acordo com o comandante de Policiamento Metropolitano, coronel Paulo de Tarso, a Polícia Militar foi acionada para permitir o direito de locomoção da população que utiliza a via para se deslocar ao trabalho. “Nós entendemos a reivindicação dos taxistas, é legítima, mas temos que garantir o direito constitucional de ir e vir das pessoas. Um lado da pista tá bloqueado e, por enquanto, está tranquilo. Os agentes da Strans também foram acionados para organizar o trânsito na região”, afirmou o comandante.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Coronel Paulo de TarsoCoronel Paulo de Tarso

Segundo o presidente das Cooperativas dos Taxistas, Pedro Ferreira, os profissionais vão seguir da Avenida Marechal Castelo Branco até o Parque Itararé, zona sudeste da Capital, onde ocorre o velório de Pedro Manoel. “Nós estamos na linha de fogo cruzado e vamos fazer uma cobrança mais severa ao município e estado. Nós não temos segurança, muitos taxistas estão abandonando a categoria e vão fazer o que. Teresina não tem indústria, não tem emprego e estes profissionais vão para onde? Vamos estudar o que é preciso para que a gente possa ter porte de arma, pois nós estamos no fogo cruzado. Só de 2015 até 2016 quatro profissionais foram mortos”, informou.

  • Foto: Brunno Suênio/GP1Pedro FerreiraPedro Ferreira

Ainda conforme Pedro Ferreira, além dos taxistas, os mototaxistas também aderiram ao movimento pelo mesmo motivo: insegurança. "Os nossos companheiros estão nos acompanhando e todos nós vamos pressionar o governo por mais segurança", pontuou.

O crime

O taxista Pedro Manoel de Oliveira foi morto com dois tiros por volta das 2h30min dessa segunda-feira (22), quando prestou uma corrida a dois homens, que passaram a ser perseguidos por uma dupla em uma motocicleta. Ao chegarem na Avenida Joaquim Nelson, os suspeitos efetuaram vários disparos contra o veículo e terminaram atingindo o taxista e um dos passageiros, que sobreviveu.

De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Barêtta, os dois homens tinham acabado de sair de um baile de reggae, quando buscaram o taxista para ir embora. Outra situação semelhante ocorreu na semana passada no Tancredo Neves. Na ocasião, o veículo do taxista, que também levava duas pessoas que tinham saído do baile, foi atingido por disparos, que atingiram um dos passageiros, alvo dos desafetos. Até o momento, não há identificação dos suspeitos dos dois casos.

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