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Polícia

STJ julga hoje recurso em habeas corpus do ex-tenente José Ricardo

José Ricardo da Silva Neto está preso preventivamente, sob acusação de feminicídio e dupla tentativa de feminicídio.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) julga nessa quinta-feira (23), em sessão marcada para as 13h, o Recurso em Habeas Corpus apresentado pela defesa de José Ricardo da Silva Neto, ex-tenente do Exército Brasileiro acusado de assassinar a namorada, Iarla Lima Barbosa. O relator do recurso é o ministro Ribeiro Dantas.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Depoimento do acusado José Ricardo no tribunal

José Ricardo já teve um pedido de Habeas Corpus negado pelo STJ na última terça-feira (21), após a corte não conhecer do pedido, por este não ter apresentado alguns requisitos básicos para sua interposição. A matéria nem chegou a ser apreciada.


José Ricardo da Silva Neto está preso preventivamente, sob acusação de feminicídio e dupla tentativa de feminicídio.

Ontem (22) foi realizada a audiência de instrução e julgamento do ex-tenente, na 1ª Vara do tribunal do Júri. O Ministério Público (acusação) e defesa devem apresentar suas alegações em até cinco dias, após esse prazo o juiz Antônio Noleto deve decidir se o acusado vai a júri popular.

Relembre o caso

José Ricardo da Silva Neto é acusado de executar na madrugada de 19 de junho, a namorada Iarla Lima Barbosa e deixou feridas outras duas pessoas, a irmã da vítima, Ilana, e uma amiga de 25 anos, próximo ao Bendito Boteco, na zona leste de Teresina.

  • Foto: FacebookIarla LimaIarla Lima

O militar iniciou uma discussão com Iarla dentro do carro após saírem de uma festa que ocorria no Bendito Boteco. Ele teria ficado com ciúmes de Iarla e, após fazer acusações contra ela, a atingiu com dois tiros no rosto. A irmã da vítima e a amiga conseguiram fugir do carro. Uma das jovens foi atingida de raspão na cabeça e a outra no braço.

O tenente chegou a retornar para o condomínio onde morava com a namorada morta dentro do carro. Ele foi preso por uma equipe do BPRone mas teve de ser conduzido ao Hospital Prontomed, após ter atirado contra a própria perna.

O juiz de direito da Central de Inquéritos, Luiz de Moura Correia, chegou a determinar a quebra do sigilo de dados e imagens dos aparelhos telefônicos do ex-oficial do Exército, com o fim de subsidiar as investigações do Núcleo Policial Investigativo de Feminicídio.

No dia 25 de julho deste ano, a juíza de direito Maria Zilnar Coutinho Leal, respondendo pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia contra José Ricardo.

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