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Teresina - Piauí

Sinpoljuspi denuncia regalias a presos da Operação Pastor

De acordo com a denúncia, detentos não estão recolhidos a celas como os demais presos e sim “hospedados” no ginásio de esportes da unidade, onde recebem comida de restaurante.

O ex-prefeito Inocêncio Leal Parente e o empresário Décio de Castro Macedo, presos na Operação Pastor, estão recebendo tratamento especial na Casa de Custódia Jose Ribamar Leite, em Teresina. É o que aponta denúncia feita nesta terça-feira (04) pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi).

  • Foto: DivulgaçãoInocêncio Leal Parente e Décio de CastroInocêncio Leal Parente e Décio de Castro

De acordo com a denúncia, o ex-prefeito e o empresário não estão recolhidos a celas como os demais presos. Os dois detentos estão “hospedados” no ginásio de esportes da Casa de Custódia e recebem comida de restaurante.


“Foi uma ordem do secretário Daniel Oliveira para colocá-los lá. Só que não é um local adequado. O que agrava ainda mais a situação é que os presos exigiram que fosse colocado cerâmica no piso, não são celas, são quartos que foram confeccionados dentro do ginásio, que está sendo transformado em um pavilhão para colocar esse tipo de presos”, informou o vice-presidente do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Kleiton HolandaKleiton Holanda

O sindicato denuncia ainda que o tratamento se estende a outros detentos. “O secretário transformou os estabelecimentos penais em um balcão de negócios políticos, se o preso for político não vai para nenhuma cela. Além disso, presos que tenham influência financeira, é uma espécie de compra de vagas, quem tiver dinheiro não fica dentro das celas”, afirmou Kleiton Holanda.

O vice-presidente afirmou ainda que a alimentação de alguns detentos que ficam alojados no Ginásio de Esportes da unidade é diferente dos demais. “Esses presos, por se acharem importantes e por terem o apoio do secretário, exigem que a comida venha de fora e pagam por isso. Se eles pagam a quantidade de comida que é entregue diariamente nesse ginásio, com certeza há um grande valor financeiro correndo naquela unidade prisional”, pontuou Kleiton Holanda.

Outro lado

Procurada pelo GP1, a Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) afirmou em nota que os dois detentos citados na denúncia não recebem tratamento especial, que os presos alojados no ginásio estão lá por conta da superlotação da unidade prisional e que não há fornecimento de comida vindo de restaurante para nenhum detento da Casa de Custódia.

  • Foto: Divulgação/AscomEx-prefeito e demais presos realizam trabalhosEx-prefeito e demais presos realizam trabalhos

Confira a nota na integra:

“De acordo com a gerência da Casa de Custódia:

1 - Os dois presos não estão tendo tratamento especial, pelo contrário: ambos estão trabalhando nas tarefas diárias da unidade, como limpeza e cozinha;

2 - No ginásio da unidade ficam cerca de 60 presos que trabalham, ou seja, aqueles que ajudam nas tarefas diárias do presídio (limpeza, cozinha, reformas etc.). O ginásio foi adaptado devido à superlotação;

3 - Todos os presos (salvo decisão judicial) são transportados, de igual modo e obedecendo ao procedimento padrão de segurança, nas viaturas do sistema penitenciário, pelo Comando de Operações Prisionais (grupo formado por agentes penitenciários);

4 - Sobre estarem recebendo comida de restaurante, não procede.”

  • Foto: Divulgação/AscomDécio de Castro na Casa de CustódiaDécio de Castro na Casa de Custódia

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