Várias categorias do Piauí estão em discussão sobre uma possível greve no Estado, entre elas a educação. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) está convocando todos os profissionais para se reunirem em Assembleia Geral no dia 10 de fevereiro, para analisarem a proposta do Governo sobre o reajuste do piso salarial.
Conforme informações da assessoria de comunicação do Sindicato, o encontro será às 10h, no Clube do Sinte. “No dia 20 de janeiro, a gente se reuniu com a secretária [de Educação] Rejane Dias e o secretário [de Administração] Franzé e eles nos apresentaram uma proposta de 7,64%, que equivale ao reajuste do piso, só que de forma parcelada, sendo a primeira de 4% para janeiro e a segunda parte de 3,64% só para julho, isso sem falar em retroativo. Então, a categoria rejeitou e solicitou uma audiência com o governador [Wellington Dias]”, informou.
Ainda segundo a assessoria, alguns funcionários já chegaram a receber os 4%. “O Governo já pagou os 4% para alguns funcionários, porém vamos tentar nessa assembleia que seja antecipado o restante, que deveria ser pago em parcela única. Caso seja apresentada uma nova proposta, vamos avaliar, mas se não, vamos deliberar greve e as aulas que estão previstas para começar dia 13 de fevereiro podem não começar”, frisou
A assessoria do Sinte destacou que o Governo tem recursos suficientes para não atrasar o pagamento. “A justificativa do Sindicato é que o Governo tem muito mais recursos que o ano passado, além dos R$ 827 milhões do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] previstos para 2017, que serve justamente para investimentos e remuneração profissional, recebemos também a repatriação, de R$ 400 milhões, onde 25% desse dinheiro deveria ser para educação, de acordo com a lei”, concluiu.
Além da educação, o Sindicato dos Vigilantes (SindVigilantes) e o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) também podem deflagrar greve na próxima semana.
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