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Papa Francisco cria arquidiocese e mais dois bispos na Amazônia

Esses novos religiosos vão responder por uma área de 375 mil km², que tem apenas 15 paróquias.

Na primeira decisão para a região após o Sínodo para a Amazônia, o papa Francisco definiu nessa quarta-feira, 6, a criação de mais um arcebispo e dois bispos. Esses novos bispos vão responder por uma área de 375 mil km², que tem apenas 15 paróquias.

Na prática, foi reestruturada a Província Eclesiástica de Belém do Pará, suprimindo uma prelazia, que se tornou a Arquidiocese de Santarém. E foram criadas duas novas divisões: a diocese de Xingu-Altamira e a prelazia territorial do Alto Xingu-Tucumã, que também terá um bispo.


Francisco criou a Província Eclesiástica de Santarém (Brasil), definindo na prática um arcebispado, que terá ligação com a Diocese de Óbidos, a prelazia territorial de Itaituba e as novas circunscrições de Xingu-Altamira e Alto Xingu-Tucumã. Como primeiro arcebispo metropolitano de Santarém foi nomeado dom Irineu Roman, então bispo auxiliar de Belém do Pará.

Ele é o atual secretário do Regional Norte 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em carta divulgada nessa quarta, ele informou que foi informado pelo papa da mudança durante o sínodo.

Dom João Muniz Alves passa a ser o primeiro bispo da nova Diocese de Xingu-Altamira, uma área com 247 mil quilômetros quadrados, 10 paróquias e 24 sacerdotes, com 250 mil católicos. Já o bispo nomeado para Xingu-Tacumã foi o padre espanhol Jesús María López Mauléon, atualmente na Arquidiocese de Fortaleza. Ele responderá por uma área de 128.291 quilômetros quadrados, com 5 paróquias e 10 sacerdotes para atender 130 mil católicos.

Igreja fez sínodo sobre a floresta

Em outubro, o Vaticano realizou o Sínodo dos Bispos com o tema “Amazônia: Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. O evento também mobilizou comunidades católicas no Brasil, que discutiram estratégias para conter a atual crise climática, acolher os povos imigrantes, respeitas os saberes das populações locais, reduzir a produção de lixo, entre outros temas ligados ao Sínodo.

Foram três semanas de debate no Vaticano. No encerramento, o papa Francisco anunciou a criação de órgão dentro da Santa Sé dedicado exclusivamente aos cuidados com a Amazônia.

No relatório final, os padres sinodais apresentaram ao papa propostas que vão desde a conceituação do que é pecado ecológico até a maior participação das mulheres na liturgia católica. O item mais polêmico, no entanto, foi a proposta de, em casos específicos e de acordo com a necessidade, homens casados possam ser ordenados padres - sendo dispensados, portanto, do celibato.

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