O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do promotor de Justiça, Antônio Rodrigues de Moura, emitiu parecer opinando pela manutenção da prisão preventiva de José Rodrigues Oliveira Neto acusado de envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) contra o advogado Ozires de Castro Machado. O parecer é de 31 de outubro.
A defesa de José Rodrigues alegou ausência dos requisitos para a prisão, dos requisitos de garantia de ordem pública, de indícios suficientes de autoria e materialidade e que o mesmo é tecnicamente primário. Argumentou também que José possui filhos menores, sendo um inclusive, especial, que dependem do acusado.
- Foto: Divulgação/PC-PIJosé Rodrigues Oliveira Neto
O promotor destacou que o juiz decretou a prisão preventiva do acusado em razão para resguardar a ordem pública, considerando o fato do mesmo responder por crime com pena máxima superior a 4 anos e pelas circunstâncias do crime e a gravidade concreta do delito, dados que evidenciaram sua periculosidade e real possibilidade de reiteração delitiva.
“Em razão desse comportamento que afronta tanto a dignidade da justiça, como a ordem social e a ordem pública, conjugado ao fato de que sua permanência em liberdade é nociva à sociedade, é plenamente justificada a manutenção da prisão preventiva do requerente José Rodrigues Oliveira Neto”, afirmou o representante do Ministério Público.
O crime
Ozires Machado, de 28 anos, assessor de um juiz do Maranhão, foi alvejado com um tiro na cabeça na zona sul de Teresina, no dia 11 de setembro. O rapaz era sobrinho do ex-prefeito de Cabeceiras, José Ozires.
- Foto: Reprodução/FacebookOzires Machado Neto
Ele ainda foi encaminhado ao Hospital de Urgência de Teresina, mas morreu no dia seguinte, após uma parada cardiorrespiratória, provocada por um traumatismo craniano. Uma câmera de segurança flagrou a ação dos bandidos e o momento que Ozires tentou escapar do assalto.
Um dos envolvidos no crime, Francinaldo dos Santos Batista foi preso três dias depois pela Delegacia de Homicídios.
- Foto: Divulgação/Polícia CivilFrancinaldo dos Santos, o Neném
Em vídeo divulgado pela Polícia Civil, Francinaldo dá detalhes do latrocínio. Ele confirma ter usado a arma para atirar no chão, mas alega que seu comparsa, que está foragido, foi quem efetuou o disparo que matou o advogado.
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