O Ministério Público do Estado do Piauí divulgou nota, nesta terça-feira (11), informando que está participando da força-tarefa nacional que tem o objetivo de investigar o médium João de Deus, suspeito de praticar crimes sexuais. A ação visa colher depoimentos, identificar, orientar e auxiliar as possíveis vítimas do suspeito.
No Piauí, as vítimas devem buscar o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais - CAOCRIM ou o Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar - NUPEVID. As denúncias podem ser feitas também através do e-mail: [email protected].
- Foto: Divulgação/MP-PINota do Ministério Público
Segundo a nota, a força-tarefa busca criar mecanismos que facilitem as denúncias de vítimas e agilizem a apuração dos casos ocorridos, como também assegurar o sigilo da denunciante.
Entenda o caso
Na semana passada, o programa Conversa com Bial, da TV Globo, denunciou que dez mulheres acusam o médium de ter cometido abusos sexuais durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, na cidade de Abadiânia, em Goiás.
- Foto: Paulo Giovanni/Futura Press/Estadão ConteúdoJoão de Deus
Até terça-feira (11), mais de 200 mulheres de mais de oito Estados e de fora do País haviam procurado o Ministério Público para denunciar abusos sexuais.
Nesta quarta-feira, 12, pela manhã, o médium fez uma visita tumultuada no Centro Dom Inácio de Loyola, onde realiza "cirurgias espirituais" em Abadiânia, no interior de Goiás. Em um rápido pronunciamento, disse que era inocente e que estaria à disposição da Justiça. Foi a primeira aparição pública do médium depois que mulheres vieram a público acusá-lo de abuso sexual.
A Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva do médium.
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