A produção da Companhia Nacional do Álcool (CNA), maior fabricante brasileira de álcool em gel, vai saltar de 120 mil frascos de 400 gramas por mês, antes da epidemia de coronavírus, para mais de 6 milhões em março, segundo estimativa da empresa. Para atender a nova demanda, a força de trabalho foi ampliada em cerca de 50% e a produção passou a ser ininterrupta.
Em fevereiro, quando foi confirmado a primeira infecção no Brasil, 1,2 milhão de unidades haviam sido vendidas. Até o dia 3 de março, a demanda por álcool em gel deve ser ainda maior nos meses seguintes. Para abril, a CNA planeja iniciar a quarta e a quinta linhas de fabricação.
"Nossa preocupação é conseguir atender ao mercado dentro de uma crise tão grave", afirmou o presidente da empresa, Leonardo Ferreira. Ele garante que a companhia não aplicou aumento de preço aos produtos que vende ao mercado.
Em várias cidades do País há relatos de desabastecimento de álcool em gel em farmácias e supermercados. Especialistas orientam que lavar bem as mãos com água e sabão também é eficaz para se prevenir da contaminação.
Para conter a disseminação da epidemia, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) emitiu orientações aos estabelecimentos. Entre elas, a de que clientes comprando antitérmicos e antigripais deverão ser abordados para identificação de eventuais sintomas compatíveis com os do coronavírus. Além disso, as gôndolas de autoatendimento das farmácias deverão ser desinfetadas frequentemente com álcool em gel.
Até a noite de domingo, 15, o número de casos confirmados no Brasil era de 200, com outros 1.913 sob investigação. Os números são do Ministério da Saúde.
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