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Política

Liminar do STF suspende rito de impeachment definido por Cunha

A decisão tem por base no rito definido no final de setembro.

O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Teori Zavascki, concedeu nesta terça-feira (13), uma decisão provisória que suspende os processos de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. A decisão tem por base no rito definido no final de setembro pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com o G1, o pedido foi protocolado pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ), no qual questionava o fato do presidente da Câmara não ter analisado um recurso apresentado contra o rito estabelecido pela presidência da Casa.
Imagem: DivulgaçãoEduardo Cunha e Teori Zavascki(Imagem:Divulgação)Eduardo Cunha e Teori Zavascki
Cunha tinha definido regras para pedidos de impeachment de Dilma. Uma das situações seria a eventual rejeição dos pedidos que poderiam ser questionada, dando a palavra final para o plenário, concedendo abertura a uma comissão especial de afastamento da presidente.

O presidente da Câmara recebeu em setembro, uma serie de questionamentos elaborados pelo líder do DEM, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), e outros partidos aliados como os pedidos deveriam tramitar na Casa. Dentre os questionamentos estavam se a abertura do processo deveria ficar a cargo do plenário da Casa; quem poderia recorrer contra uma eventual rejeição do pedido de impeachment.

O peemedebista respondeu que não cabe a ele decidir se um presidente da República pode ser responsabilizado por atos de mandato passado. Cunha disse que os deputados poderiam reverter à decisão em plenário.

Rubens Pereira Júnior (PC do B-MA) e Paulo Teixeira (PT-SP) também apresentaram no Supremo, ações contra a medida de Cunha. Eles alegavam que à questão de ordem deveria ter suspendido os efeitos da decisão, pelo menos, temporariamente, até que o plenário da Casa se manifestasse sobre o assunto.

Decisão de Teori Zavascki

O ministro ressaltou na decisão que o pedido do deputado Wadih Damous possui “respeitáveis fundamentos” ao questionar o "modo individual". Para ele, Cunha estabeleceu o rito e o fato de ter ignorado o recurso apresentado pelos governistas que reivindicava que a resposta à questão de ordem fosse submetido ao plenário principal da Casa.

Resposta de Cunha


O presidente da Câmara falou, para repórteres que a medida não muda o papel dele de deferir ou indeferir pedidos para impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele enfatizou que isso (decisão da liminar) não interfere no trabalho que desempenha na Câmara.

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