A Justiça do Rio Grande do Sul já decidiu a data do interrogatório dos réus no processo criminal que apura as responsabilidades do incêndio da boate Kiss, que deixou 242 mortos em Santa Maria, em 2013.
Os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira, irão depor nos dias 24 e 25 de novembro no Salão do Júri do Foro Local, em Santa Maria.
Os sócios da casa noturna, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, serão ouvidos no Foro Central I de Porto Alegre, nos dias 2 e 3 de dezembro, as 13:30h.
Incêndio
Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, durante uma festa universitária, após um artefato pirotécnico (sinalizador proibido em lugares fechados) da Banda Gurizada Fandangueira atingir o teto, o prédio da boate Kiss pegou fogo.
O incêndio iniciou por volta das 2h30 e se alastrou rapidamente por conta do material inflamável usado como isolamento acústico, que produziu uma fumaça preta e tóxica.
A boate tinha capacidade para 750 pessoas, mas mais 1000 pessoas estavam no local na hora do acidente. Além disso, a boate não possuía uma porta para saída de emergência. A porta de entrada (única do estabelecimento) chegava a apenas 3 metros quando completamente aberta.
Segundo a perícia, todas as mortes causadas dentro da boate tiveram como causa a asfixia.
Reconstituição
Ulysses Fonseca Louzada, juiz responsável pelo caso, optou por não fazer a reconstrução do caso e argumentou “não fazer reviver nas vítimas e envolvidos pela tragédia, o sofrimento gerado no dia do fato”.
Depois dos depoimentos o juiz abrirá o prazo para que a acusação e a defesa apresentem as alegações finais por escrito. Feito isso, será decidido se os réus vão ou não a júri popular. As acusações são de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de fogo.
Pertences
O magistrado deu prazo de dez dias para que a Associação dos Pais e Vítimas e Sobreviventes Da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) manifeste interesse em receber pertences das vítimas que estão no prédio atingido pela tragédia.
Imagem: ReproduçãoJustiça marca interrogatório dos réus da Boate Kiss
Os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira, irão depor nos dias 24 e 25 de novembro no Salão do Júri do Foro Local, em Santa Maria.
Os sócios da casa noturna, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, serão ouvidos no Foro Central I de Porto Alegre, nos dias 2 e 3 de dezembro, as 13:30h.
Imagem: ReproduçãoPessoas se reunem na frente do préio incendiado e prestam homenagens
Incêndio
Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, durante uma festa universitária, após um artefato pirotécnico (sinalizador proibido em lugares fechados) da Banda Gurizada Fandangueira atingir o teto, o prédio da boate Kiss pegou fogo.
Imagem: Germanno RorattoBombeiros tentam conter o fogo
O incêndio iniciou por volta das 2h30 e se alastrou rapidamente por conta do material inflamável usado como isolamento acústico, que produziu uma fumaça preta e tóxica.
Imagem: Agência RBSClique para ampliarAs pessoas que estavam na boate tentaram socorrer quem não conseguiu sair
Os seguranças da boate tentaram apagar o fogo, mas os extintores não funcionaram. Técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) chegaram a examinar os equipamentos e constataram que o extintor falhou porque não tinha carga e pressão suficientes. Os outros extintores estavam vencidos. A boate tinha capacidade para 750 pessoas, mas mais 1000 pessoas estavam no local na hora do acidente. Além disso, a boate não possuía uma porta para saída de emergência. A porta de entrada (única do estabelecimento) chegava a apenas 3 metros quando completamente aberta.
Segundo a perícia, todas as mortes causadas dentro da boate tiveram como causa a asfixia.
Reconstituição
Ulysses Fonseca Louzada, juiz responsável pelo caso, optou por não fazer a reconstrução do caso e argumentou “não fazer reviver nas vítimas e envolvidos pela tragédia, o sofrimento gerado no dia do fato”.
Depois dos depoimentos o juiz abrirá o prazo para que a acusação e a defesa apresentem as alegações finais por escrito. Feito isso, será decidido se os réus vão ou não a júri popular. As acusações são de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de fogo.
Pertences
Imagem: Agência RBSHomenagem às vítimas da tragédia em Santa Maria
O magistrado deu prazo de dez dias para que a Associação dos Pais e Vítimas e Sobreviventes Da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) manifeste interesse em receber pertences das vítimas que estão no prédio atingido pela tragédia.
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