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Sob Governo Lula, Brasil tem a maior taxa real de juros do mundo

O Tesouro Nacional mostra que o Executivo encerrou o ano de 2024 com um rombo de R$ 43 bilhões.

Nesta sexta-feira (31), o Brasil passou a ter a maior taxa real de juros do mundo, de acordo com um levantamento realizado pelo economista Jason Vieira, do site MoneYou. O fato decorreu da elevação da Selic em 1 ponto porcentual, decidido nessa quarta-feira (29) pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom), bem como pela redução de 3 pontos nos juros argentinos, na quinta-feira (30).

A Argentina liderava o ranking dos juros mais elevados do planeta até então. A posição atual do Brasil no ranking se deve ao corte promovido pelo Banco Central do país vizinho, que motivou na queda de 9,3% para 6,1% do juro real do país. Já o juro real do Brasil está em 9,1%. Para além do aumento do Selic de 12,25% para 13,25% ao ano, existe também uma sinalização por parte do Copom de que haverá uma nova elevação de 1 ponto na próxima reunião, que está marcada para março, aumentando a taxa para 14,25%.


Já o mercado espera que a taxa seja elevada até 15% ao final do ciclo, em maio deste ano, segundo o mais recente Boletim Focus. Esse ciclo de aperto monetário teve início em setembro de 2024, desde então o Banco Central elevou a taxa quatro vezes.

A projeção para a inflação de 2025 também subiu conforme relatório da Focus, onde a previsão é que cresça de 5% para 5,5%, representando aumento de 1 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,5%. Além disso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa lidar com mais um problema, visto que os dados do Tesouro Nacional, divulgados nesta quinta-feira (30) mostram que o Executivo encerrou o ano de 2024 com um rombo de R$ 43 bilhões nas contas públicas. O montante representa 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB).

As despesas públicas em 2024 apresentaram uma retração real de 0,7%, o que totaliza R$ 2,2 trilhões. Contudo, a receita líquida foi de R$ 2,1 trilhões. As empresas estatais também acumularam um déficit primário sem precedentes de R$ 8 bilhões, sendo o pior resultado desde o início da série histórica, em 2001. Os Correios contribuíram significativamente para o resultado negativo.

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