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Esperantina - Piauí

Juíza nega recurso de acusado de matar vereador Tote Aristides

A decisão da juíza de direito da Vara Única de Esperantina, Luciana Claudia Medeiros de Souza, foi dada, na última sexta-feira (06).

A juíza de direito da Vara Única de Esperantina, Luciana Claudia Medeiros de Souza, manteve a decisão de pronúncia contra Jailson de Sousa Xavier (Chapéu) pelo assassinato do ex-presidente da Câmara de Esperantina, Antônio Aristides de Carvalho, 64 anos, conhecido por “Tote Aristides”. A decisão foi dada, na última sexta-feira (06).

Inconformada, a defesa de Jailson interpôs Recurso em Sentido Estrito contra a pronúncia (Jailson vai a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri).


  • Foto: Divulgação/PCJailson de Sousa XavierJailson de Sousa Xavier

Na decisão, a juíza destacou que “há indícios de que o denunciado provavelmente seja o autor da conduta que lhe é imputada. Esse convencimento foi extraído do Auto de Exame Cadavérico anexo aos autos e dos depoimentos testemunhais colhidos na fase instrutória”.

Ainda segundo a magistrada, não há nada nos autos que revela, até o momento, que Jailson agiu em legítima defesa ou amparado em alguma circunstância que exclua o crime ou o isente de pena.

“A decisão de pronúncia proferida nestes autos não merece ser reformada, razão pela qual a sustento”, concluiu.

Denúncia

Segundo a denúncia apresentada, na data de 28/08/2016, por volta de 18h00min, o acusado, Jailson de Sousa Xavier, vulgo "Chapéu", teria chegado à residência de seu irmão (Antônio Gil Sousa Xavier), à procura de sua esposa, Maria Alice Carvalho Santos. Na ocasião, Jailson teria ameaçado sua companheira de morte, tendo dito "mulher vai pra casa pra tu morrer lá ".

Após a ameaça, Jailson passou a agredir sua esposa/companheira. De modo a fazer com que as agressões em relação à companheira cessassem, o irmão do acusado, Antônio Gil, intercedeu na situação, que só foi resolvida com a chegada do pai de Jailson e Gil, Pedro Luiz Cirino Xavier.

  • Foto: PortalespVereador ToteVereador Tote

Após breve conversa com o pai, bem como inconformado com a situação (terem feito cessar as agressões em relação a sua companheira), Jailson dirigiu-se até sua residência, onde se armou com um revólver. Com a confusão gerada na casa do irmão do denunciado, Maria Esperança (companheira do irmão do denunciado) começou a passar mal, chegando a desmaiar.

Antônio Aristides de Carvalho, o presidente da Câmara de Esperantina à epoca, encontrava-se na casa de sua ex-nora, Iolanda, indo posteriormente até a casa de Antônio Gil de modo a prestar assistência a Maria Esperança, que já tinha recobrado os sentidos e dispensado a necessidade de ida até o hospital. Na oportunidade, o vereador colocou-se à disposição para caso precisassem de ajuda.

Ademais, Maria Alice teria acompanhado o vereador até o portão, quando visualizou Jailson, descendo a rua em sua moto, tendo, então, tentado fechar rapidamente o portão, prevendo que o acusado atentaria contra sua vida. Ao ensejo deste contato, o denunciado, com vontade livre e consciente, efetuou quatro disparos de revólver, tendo um dos disparos atingido o vereador em seu peito esquerdo, ocasionando a sua morte.

Jailson empreendeu fuga em uma van com destino a Teresina e, no início do trajeto, jogou a arma do crime no rio. Foragido, o denunciado foi preso em 13/10/2016, na cidade de Redenção do Gurguéia.

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