O deputado estadual João Mádison Nogueira (MDB) disse que é “totalmente contra” a proposta do prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) de obrigar as empresas que estão em funcionamento a fazer testes rápidos para Covid-19 nos funcionários. O deputado disse que Firmino deve se responsabilizar pela compra dos testes já que os empresários “estão quebrados” e não têm condições financeiras de arcar com os exames devido à crise econômica instalada no estado por conta do isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus.
“Essa proposta do Firmino é um absurdo, as empresas estão todas quebradas e os empresários não têm como pagar esses testes. Já que o Firmino quer saber a situação da doença em Teresina, pois a Prefeitura que arque e pague os testes. Sem falar que esses testes não serão a segurança de que dez dias depois essas mesmas pessoas não estarão infectadas. Se a prefeitura quer ter esse controle, pois o Firmino Filho deve pagar os testes que serão feitos nos funcionários”, disse o deputado.
- Foto: Lucas Dias/GP1João Mádison
João Mádison deu como exemplo as medidas que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, vem adotando para conter a evolução da Covid-19 no Estado. O deputado disse que no DF, até agora, os óbitos não chegaram a 40, mesmo com o grande número de infectados e com mais de 60% do comércio funcionando.
“O Ibaneis já fez mais de 72 mil testes de Covid-19 e agora vai fazer mais 450 mil. Lá no DF tem mais de mil infectados e 37 mortes. Menos do que no Piauí. Sem contar que o tamanho do Distrito Federal é o mesmo do Piauí, lá tem praticamente o mesmo tanto de gente, lá também tem pobreza, mas ele tem adotado esses cuidados de testar as pessoas e tem surtido efeito positivo. No DF mais de 60% do comércio está funcionando e a construção civil nunca parou”, lembrou o parlamentar.
Lockdown
João Mádison também se posicionou contra a medida de lockdown cogitada pelo governador Wellington Dias (PT) e por Firmino Filho. Ele afirmou que essa proposta não tem cabimento, uma vez que, as empresas estão falindo, centenas de pessoas estão ficando desempregadas sem uma solução prévia para sanar a crise financeira.
“Sou totalmente contra ao lockdown, não tem o menor cabimento. As empresas estão fechando as portas, as pessoas estão demitindo e o povo ficando desempregado. O Piauí não está com o sistema de saúde em colapso para defender um bloqueio total, o prefeito tem que buscar o diálogo com todo setor produtivo, da construção civil, do comércio de Teresina, para encontrar um entendimento. O povo já está há quase 60 dias dentro de casa e isso está acabando com nosso povo”, reclamou Mádison.
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