O GP1 conversou com diversos segmentos da Capital (empresários, comerciantes, profissionais liberais e setores da política), que demonstraram total descontentamento, sobre a ideia do prefeito Firmino Filho (PSDB), de adotar lockdown após queda da taxa de isolamento social em Teresina. A postura do gestor desagradou esses seguimentos que têm cobrado dele uma postura mais enérgica para diminuir a vinda de pessoas infectadas com Covid-19 do Maranhão. Inclusive, leitos do Piauí estão sendo ocupados por maranhenses que atravessaram o rio para buscar auxílio médico aqui.
Diferente do que foi projetado no início da pandemia, não há até esse momento, colapso na saúde do Piauí, que aliás, tem conseguido atender todas as demandas com sua rede hospitalar já existente. Os hospitais de campanha para atender pacientes com coronavírus, sequer foram concluídos e, até agora, não se mostraram necessários nessa corrida de combate à doença.
Um interlocutor da Prefeitura informou que Teresina está entre as capitais que mais tiveram perdas na arrecadação.
Se for feita uma análise rápida, é possível dizer que o piauiense foi um dos mais obedientes às regras de isolamento social, tanto que os resultados até aqui alcançados estão entre os melhores do País.
Outro ponto é que depois de semanas a fio em quarentena, a população precisa sair para receber seu auxílio emergencial, quem teve direito, precisa ir ao supermercado, ir a farmácia e até mesmo buscar maneiras de gerar renda, uma vez que, a quarentena gerou impactos negativos na economia como desemprego e perda de renda familiar.
Outros estados, que compreendem a necessidade de cuidar da saúde, mas de também dar meios para sobrevivência de seu povo, estão buscando um equilíbrio entre a vida e a volta das atividades econômicas.
O Governo
Pessoas próximas ao governador não acreditam que Wellington Dias, vá embarcar na ideia de lockdown cogitada por Firmino Filho. Haja vista que, na contramão do que tem sugerido o prefeito dos teresinenes, estados em situação semelhante a do Piauí, já iniciaram a retorno gradual e responsável das atividades econômicas e sociais. Até porque, o coronavírus terá vida longa e todos terão que aprender a conviver com ele, cumprindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.
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