O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Piauí, Cleandro Moura, afirmou ao GP1 que cerca de 40 pessoas estavam envolvidas no esquema fraudulento no município de Redenção de Gurgueia. "A promotora de Justiça de Redenção de Gurgueia, Gabriela Almeida, instaurou um procedimento investigatório preliminar com relação à denúncias recebidas no município e solicitou a atuação do Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado]. Diante disso, com a quebra de sigilos telefônicos, bancários e fiscal dos envolvidos, cerca de 40 pessoas foram investigadas, juntamente com sete empresas de fachadas e constatou-se uma verdadeira organização criminosa instalada dentro da prefeitura", revelou.
Ainda de acordo com Cleandro Moura, "com o esquema, eram praticados fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, improbidade administrativa e sonegação fiscal. Nós acreditamos que, embora essa investigação esteja se realizando há sete meses, esses desvios de recursos vinham desde de 2014 para cá, e milhões de reais foram desviados", concluiu.
As diligências são da Operação Déspota, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14), sendo realizada na capital e no interior, em ação conjunta com as Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Imagem: Andreia SoaresCleandro Moura
Foram determinadas 30 ordens judiciais, sendo 16 mandados de prisão (8 preventivas e 8 temporárias), 11 de busca e apreensão e 3 de condução coercitiva. "Além do prefeito Delano de Oliveira Parente Sousa (PP), também foi preso o pai dele, o secretário municipal de infraestrutura, Aldenes de Sousa Nunes; o vereador Francisco das Chagas Macedo de Andrade (PcdoB); alguns secretários municipais, entre eles um de saúde; ex-presidente da Comissão de Licitação, empresários e advogados", complementou Cleandro Moura. Ainda de acordo com Cleandro Moura, "com o esquema, eram praticados fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, improbidade administrativa e sonegação fiscal. Nós acreditamos que, embora essa investigação esteja se realizando há sete meses, esses desvios de recursos vinham desde de 2014 para cá, e milhões de reais foram desviados", concluiu.
As diligências são da Operação Déspota, deflagrada na manhã desta quinta-feira (14), sendo realizada na capital e no interior, em ação conjunta com as Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Imagem: Andreia Soares/GP1Sede do Ministério Público
Amanhã (15), o coordenador do Gaeco, promotor Rômulo Cordão, vai prestar mais detalhes para a imprensa sobre a operação, por meio de entrevista coletiva às 9h, na sede da Procuradoria-Geral da Justiça, localizada na rua Álvaro Mendes, no centro de Teresina.
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