O deputado estadual Flávio Nogueira Júnior (PDT) afirmou nessa quarta-feira (2) que não vai aceitar a interferência de outros deputados no seu mandato. A declaração ocorreu devido a “pressão” que tem sido feita para que ele e outros cinco deputados reassumam o comando de secretarias estaduais, abrindo vagas para os suplentes.
Flávio Júnior faz parte do grupo formado por seis deputados que ocupavam secretarias no governo de Wellington Dias (PT) e que decidiram retornar para a Assembleia Legislativa, fazendo então com que seis suplentes perdessem suas vagas. Eles retornaram para poderem votar os pedidos de empréstimos e para destinarem as suas emendas impositivas que devem constar na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Flávio estava na Secretaria Estadual de Turismo (Setur).
- Foto: Alef Leão/GP1Flávio Júnior
O deputado afirmou que outros parlamentares estão falando na imprensa que o grupo deve retornar para as secretarias estaduais, mas ele deixou claro que não vai admitir que interfiram no seu mandato e que é ele que decide que rumo tomar.
“Quando eu era secretário, sempre voltava para colocar minhas emendas impositivas, então não faz sentido, faltando um mês ou dois meses para a votação, ir e voltar novamente. Isso não existe. Eu vi que isso [retorno para as secretarias] foi falado por um colega na imprensa, e quero dizer que tanto eu, quanto ele ou qualquer deputado que esteja no exercício no seu mandato, cada um tem o direito de saber o que quer da sua vida como parlamentar. Esse negócio de se intrometer no modo de legislar de outro parlamentar nunca fez parte da minha vida e também não admitirei”, disparou.
Flávio Júnior explicou que não entende porque querem tanto o retorno dos deputados para as secretarias. “Eu quero saber qual é o interesse por trás disso. Eu quero saber qual é o interesse de outro parlamentar em querer que alguém que nem é do seu partido, retorne para a Casa [Alepi]. Isso deve ter algum interesse”, afirmou.
Ele destacou que somente no próximo ano vai decidir se retorna para a Secretaria de Turismo. “A Lei de Diretrizes Orçamentárias vai ser votada no final deste ano, e só a partir do próximo ano que a gente volta a conversar sobre isso [o retorno]”, destacou o parlamentar, que explicou que não tem tratado com o governador sobre isso. “Eu não conversei com o governador, porque ele é muito tranquilo e sempre deixa a gente muito à vontade e isso é o que faz um bom gestor”, finalizou.
Os deputados que retornaram para a Alepi foram Wilson Brandão (PP), Pablo Santos (MDB), Nerinho (PTB), Janainna Marques (PTB), Zé Santana (MDB) e Flávio Júnior. Já os suplentes que tiveram que sair da Alepi foram Elizângela Moura (PCdoB), Warton Lacerda (PT), Cícero Magalhães (PT), Ziza Carvalho (PT), Belê Medeiros (Progressistas) e B. Sá (Progressistas)
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