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Exame constatou sêmen em vítima de estupro no São Marcos, diz Vilma Alves

A delegada ressaltou que todos os procedimentos necessários para instauração do inquérito foram realizados e a vítima seguiu todos os protocolos, se municiando de elementos que ratificam a de

A delegada Vilma Alves, responsável pelo inquérito que investiga o crime de estupro contra uma empresária, cometido por um enfermeiro no Hospital São Marcos, disse em entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (19) que há elementos suficientes que comprovam o estupro, inclusive, a constatação, através de laudo, da presença de sêmen do acusado na vítima.

Vilma ressaltou que todos os procedimentos necessários para instauração do inquérito foram realizados e a vítima seguiu todos os protocolos, se municiando de elementos que ratificam a denúncia apresentada na Delegacia da Mulher.


  • Foto: Alef Leão/GP1Delegada Vilma AlvesDelegada Vilma Alves

“Esse caso aqui, foi denunciado pela vítima e já foram tomadas todas as providências com referência ao caso pela delegacia e todas as formalidades impostas pelo código de processo penal e pela lei de Maria da Penha. Nenhum crime de estupro ou de violência contra a mulher pode ficar impune. O exame é robusto, aprovou o material científico do fato. A prova material é o exame de corpo delito, que já foi feito, e a prova se torna mais fortalecida porque tem a presença do sêmen”, disse.

Vítima foi dopada

A delegada confirmou o relato da vítima, que ao prestar queixa sobre o caso no início deste mês, afirmou ter sido dopada e em seguida violentada na condição de acompanhante de um paciente nas dependências do Hospital São Marcos. O enfermeiro é cunhado da vítima. “Ela dormiu, ficou dopada e na manhã seguinte ela verificou que tinha sido estuprada. Então na mesma noite ela já foi fazendo um B.O, já foi para Central de Gênero, onde fez o registro, o exame de corpo delito e fizemos o procedimento”, acrescentou.

  • Foto: Alef Leão/GP1Delegada Vilma, Coordenadora da Delegacia da MulherDelegada Vilma, Coordenadora da Delegacia da Mulher

“Crime cruel”

“O homicídio e feminicídio são crimes cruéis, mas estupro, principalmente nessas circunstancias, é muito triste, dopar uma mulher para manter um relacionamento sexual sem dar a ela a liberdade de se defender, porque o corpo da mulher é dela e é sagrado. Além dela não dizer se queria ou não, ela foi dopada, isso é agravante, isso é cruel, é muito perverso. Está tudo estabelecido pela prova material, já temos todas as provas, é crime de estupro mesmo, estupro no Brasil hoje é considerado crime hediondo. Se fosse um país sério, deveria ter era castração química, porque a pena é muito leve”, finalizou a delegada.

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