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Entenda como agia a quadrilha presa na Operação Péssimo Negócio

De acordo com o delegado Matheus Zanatta, a dinâmica dos criminosos era realizada após as vítimas anunciarem vendas de produtos em plataformas digitais, onde os acusados se passavam por compr

Em entrevista ao GP1, nesta quinta-feira (12), o coordenador da Gerência de Polícia Especializada (GPE), delegado Matheus Zanatta, explicou como os integrantes da quadrilha de acusados de estelionato e associação criminosa presos na “Operação Péssimo Negócio” agiam usando perfis de pessoas conhecidas em Teresina para ganhar confiança das vítimas e então aplicar golpes.

De acordo com o delegado Matheus Zanatta, vítimas de estelionato registraram diversos boletins de ocorrência contra crimes relacionados a informática. A dinâmica dos criminosos era realizada após as vítimas anunciarem vendas de produtos em plataformas digitais, onde os acusados se passavam por compradores.


"Vários boletins foram feitos na delegacia de informática por pessoas que tinham sido vítimas do crime de estelionato. As vítimas anunciavam seus produtos em plataformas digitais, os golpistas se passavam por compradores, a conversa acontecia pela plataforma, e logo depois a conversa era finalizada pelo aplicativo de mensagem instantânea. No aplicativo de mensagens, a vítima percebia que a pessoa era conhecida, só que perfil falso, utilizavam fotos de uma dentista, médicos e outros profissionais liberais conhecidos na cidade de Teresina”, informou.

  • Foto: Willyam Ricardo/GP1Delegado Matheus ZanattaDelegado Matheus Zanatta

Ainda conforme o delegado, além de se passarem por compradores, os golpistas ganhavam credibilidade entre as vítimas usando depósitos falsos de dinheiro. “Os golpistas ganhavam a credibilidade dessas vítimas, e eles enviavam falsos depósitos para essas vítimas. E elas persuadidas mandavam os golpistas buscar o produto, e só depois se davam conta de que não tinha ocorrido o deposito. Já localizamos 20 vítimas, e um prejuízo de 40 mil reais”, ressaltou.

Movimentaram R$ 100 mil

O delegado Anchieta Nery, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI) disse que a quadrilha presa na “Operação Péssimo Negócio” movimentou cerca de R$ 100 mil durante os dois meses de investigação.

“O que temos apurado apenas no primeiro inquérito são 30 mil reais, agora nas semanas que houve um monitoramento esse grupo tentava entre quatro e seis golpes por dia, no qual dois davam positivo. Esses dois eram objetos e bens no valor médio de R$ 2 mil. Se a gente pensar que houve uma ação em dois meses a gente pode pensar que pode chegar a um pouco mais de R$ 100 mil”, afirmou.

  • Foto: Willyam Ricardo/GP1Delegado Anchieta Nery Delegado Anchieta Nery

Operação Péssimo Negócio

A Polícia Civil do Piauí deflagrou nessa quarta-feira (11), em Teresina, a "Operação Péssimo Negócio", por meio da Delegacia de Repressão aos Crime de Informática, com apoio da Gerência de Polícia Especializada e Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública. A ação policial resultou nas prisões de três pessoas.

De acordo com a polícia, os indivíduos atuavam na produção de falsos comprovantes de pagamento e realizando negociações. Além deles, também foi preso um motorista de aplicativo, que foi liberado logo em seguida. Segundo levantamento da polícia, já são mais de 20 vítimas somente nos procedimentos finalizados.

O golpe consistia em realizar falsas compras em sites e aplicativos de negociação direta usando a identidade das vítimas. Com isso, por meio de atividades investigativas de campo e diligências em ambiente cibernético, a Polícia Civil conseguiu identificar mais de 15 vítimas no Piauí, bem como localizar os envolvidos nos crimes.

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