Enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem lotados nos hospitais do Estado vão entrar de greve a partir desta terça-feira (02) por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada pela categoria na última quinta-feira (28) no auditório do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI).
Dentre as diversas reivindicações da classe, as principais são o enquadramento da enfermagem, o reajuste salarial, a criação do plano de cargos, carreiras e salários e melhores nas condições de trabalho. A presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Piauí (Senatepi), Cleane Guimarães, explicou que os profissionais tentaram dialogar com o Governo do Estado, porém, não obtiveram êxito para que fosse feito um acordo.
- Foto: DivulgaçãoEnfermeiros decidem entrar atividades por tempo indeterminado no Piauí
“Tivemos uma assembleia com a categoria no dia 18 de março e dia 19 uma reunião com o secretário de saúde, Florentino Neto. Na reunião, ele nos pediu para aguardar até o dia 27 porque teria que se reunir com o secretário de administração. Como não tivemos retorno, realizamos uma outra assembleia na última quinta-feira, onde a categoria deliberou pela greve”, pontuou.
Outras negociações
Em 2016, os enfermeiros, auxiliares e técnicos deflagram um movimento grevista. A presidente do Senatepi, Cleane Guimarães, informou que o Estado se comprometeu a atender as demandas da categoria. “O movimento se encerrou depois que o Estado entrou com um dissídio coletivo, nós tivemos algumas audiências no Tribunal de Justiça onde o Estado se comprometeu a fazer o enquadramento da enfermagem, fazer o levantamento das perdas salariais e da criação do PCCS”, destacou.
Porém, a sindicalista revelou que o acordo não foi cumprido e que muitos profissionais, principalmente os que estão prestes a se aposentar, estão sendo prejudicados. “Desde 2016 para cá, nós tivemos três audiências e o Estado compareceu através da procuradoria e da Sesapi. De lá para cá, eles não cumpriram com o acordo. Por exemplo, a questão do enquadramento, eles disseram que iam fazer em janeiro de 2017 e nós já estamos em abril de 2019 e o enquadramento da categoria não foi feito. Essa é uma das principais pautas do movimento de greve, porque muitos profissionais precisam se aposentar e não podem pois não estão enquadrados no período correto”, finalizou.
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