Em entrevista ao GP1 na manhã desta segunda-feira (17), o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o "Barêtta", falou sobre a dinâmica do crime que vitimou o servidor da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), Luciano da Silva Oliveira, na tarde de domingo (16). O DHPP já identificou o acusado de cometer o crime, trata-se de Lourival Bezerra, ex-cabo da Marinha do Brasil.
Segundo as investigações, a vítima e o suspeito se conheciam, costumavam beber juntos e a polícia está averiguando a informação de que a esposa de Lourival já teria se relacionado com Luciano ainda na adolescência. “Eles já costumavam beber juntos, há também uma história que a atual esposa do militar já tinha tido um namoro anteriormente com a vítima. Nós estamos buscando todas as informações, estamos procurando responder todas as indagações”, afirmou.
- Foto: Reprodução/WhatsAppLuciano da Silva Oliveira
Tiro pelas costas
Ainda conforme o levantamento inicial feito pelo DHPP no local do crime, Luciano estava no bar quando Lourival chegou com a esposa e o cunhado. Todos sentaram na mesma mesa de Luciano e o crime aconteceu quando a esposa de Lourival deixou o bar para visitar a mãe, que mora próximo ao estabelecimento. De acordo com o laudo pericial o disparo foi realizado pelas costas.
“Num dado momento a esposa dele saiu, foi até a casa da mãe, que mora nas proximidades e ele [Lourival] levantou para pagar a conta. Nesse momento, ele retornou e efetuou o disparo, que segundo a perícia foi efetuado pelas costas”, continuou.
Defesa nega
A defesa do ex-cabo da Marinha, Lourival Bezerra, nega que ele tenha efetuado o disparo e apontou um atendente do establecimento, que tem deficiência auditiva, mas a Polícia Civil questiona essa versão. “Se foi essa pessoa, como ele deu essa arma? Segundo consta, ele é um militar das forças armadas, um homem que se entende que tem a prudência e as cautelas necessárias no uso de uma arma. Isso tudo vai ser explicado pela Polícia Civil por meio da DHPP”, frisou o delegado Barêtta.
O delegado afirmou também que a arma utilizada para cometer o crime, uma pistola modelo Taurus 9mm, com 17 projéteis intactos e 1 deflagrado, foi deixada no local e apreendida pelos policiais do DHPP.
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