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Teresina - Piauí

Delegado Barêtta explica dinâmica do latrocínio de servidor do TJ-PI

Barêtta explicou que as informações iniciais são de que a vítima teria reagido após os criminosos anunciarem o assalto na noite de quarta-feira.

O delegado Francisco Costa, mais conhecido como Barêtta, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou nesta quinta-feira (29) que Vinicius Alves da Silva, suspeito de participar do assassinato do Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Piauí, Francisco das Chagas Campelo, de 54 anos, vai passar hoje por uma audiência de custódia que irá determinar se ele vai permanecer preso.

O segundo suspeito de participação no assassinato é Ígor Araújo Sousa, que havia saído da Colônia Agrícola Major César, no mesmo dia no crime. A polícia está realizando diligências no intuito de prender Ígor em flagrante.


  • Foto: Helio Alef/GP1Delegado Francisco Costa, o BarêttaDelegado Francisco Costa, o Barêtta

Barêtta explicou que as informações iniciais são de que a vítima teria reagido após os criminosos anunciarem o assalto na noite de quarta-feira. “O rapaz [Francisco Chagas] quando foi abordado, ele estava com um colega em um certo trailer no Tancredo Neves. O colega dele foi dominado, e quando ele viu isso, correu para o carro. A gente não sabe se foi para pegar uma arma ou outra coisa. O outro indivíduo seguiu ele e se esboçou uma luta. Parece que quando ele estava quase dominando o bandido, o outro foi e efetuou disparo. Ele [Francisco Chagas] ainda correu um pouquinho, mas teve outro disparo nas costas e ele não resistiu”, explicou o delegado.

Após o crime, os bandidos fugiram levando o veículo Hilux da vítima, mas logo depois o veículo parou de funcionar, pois havia um sensor de travamento de segurança. Os criminosos então fugiram a pé e Vinícius foi preso no bairro Morada Nova. Quando os policiais fizeram uma revista no criminoso, encontraram com ele um revólver calibre .32, com seis munições.

  • Foto: Hélio Alef/GP1Veículo de Francisco das Chagas Campelo da SilvaVeículo de Francisco das Chagas Campelo da Silva

Audiência de custódia

Os policiais do DHPP ainda não pegaram o depoimento de Vinícius que foi preso pela Polícia Militar na quarta-feira. O bandido irá passar por uma audiência de custódia, que definirá se ele permanecerá preso.

“Foi lavrado o auto de prisão e agora ele será encaminhado para a audiência de custódia, onde o magistrado vai corroborar ou não com o auto de flagrante e estabelecer se homologa a prisão em si, transformando-a em preventiva, mandando ele para um dos presídios do estado. O inquérito policial já está em andamento, o delegado tem 10 dias para concluir, com todos os elementos probatórios. Infelizmente uma vida foi tirada, mas pelo menos dar uma resposta para a família e a sociedade, e isso nós vamos fazer”, disse Barêtta.

  • Foto: Arquivo Pessoal/DivulgaçãoFrancisco das Chagas Campelo e Silva foi morto durante um assaltoFrancisco das Chagas Campelo e Silva foi morto durante um assalto

Tornozeleira eletrônica

Como Ígor foi posto em liberdade no dia do crime, a polícia apura a informação que o criminoso estava com uma tornozeleira eletrônica. Segundo o delegado Barêtta, a polícia tem feito o seu papel de prender os bandidos, mas quando chega na audiência de custódia, muitos são colocados em liberdade, mesmo já tendo um histórico de crimes.

“Isso aí [da tornozeleira eletrônica] ainda estamos investigando, por isso que hoje já falei que temos que repensar essa audiência de custódia. Porque os indivíduos estão passando pela audiência de custódia e são colocados em liberdade, muitas vezes por crimes graves. A polícia está fazendo o papel dela, que tem as suas deficiências, mas ela cumpre o papel dela. O que não pode prende todos os dias os mesmos indivíduos”, criticou.

O delegado Jarbas, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, ficará responsável pela elaboração do inquérito policialem relação ao latrocínio.

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