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Davi Alcolumbre defende adiamento das eleições no Amapá

O senador é um dos principais cabos eleitorais da candidatura de seu irmão, Josiel Alcolumbre (DEM), que disputa a prefeitura de Macapá.

Em conversa reservada com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pediu o adiamento das eleições no Estado do Amapá. O senador é um dos principais cabos eleitorais da candidatura de seu irmão, Josiel Alcolumbre (DEM), que disputa a prefeitura de Macapá.

Barroso ainda não decidiu sobre o assunto, mas o tema deve ser analisado na sessão plenária do TSE desta quinta-feira. O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), já decretou estado de emergência no Estado, o que pode embasar uma decisão da Justiça Eleitoral de remarcar a votação.


Na noite desta quarta-feira, o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) pediu o adiamento do pleito em Macapá. Em ofício enviado a Barroso, o presidente do TRE-AP, desembargador Rommel Araújo, disse que foi informado por representantes da Abin e de áreas de inteligência do Exército e da Polícia Rodoviária Federal que “várias ações de vandalismo, algumas delas dirigidas e coordenadas por membros de facções criminosas, estão acontecendo na Capital”.

“Com efeito, através de grupos de WhatsApp, parte da população, que sofre com o desabastecimento de água e falta de energia elétrica, está sendo incitada à realização de queima de pneus em via pública, bem como a depredarem o patrimônio público”, ressaltou o desembargador.

“Convém destacar que no próximo domingo, dia 15.11.2020, várias manifestações estão sendo convocadas para demonstração de desagrado em frente aos locais de votação, o que colocaria em risco os eleitores da Capital”, alertou Rommel.

Ao todo, o Amapá tem cerca de 517 mil habitantes habilitados para votar nestas eleições. A capital do Estado é a única das localidades na região onde pode haver segundo turno, por ter mais de 200 mil habitantes.

Na terça-feira retrasada, um incêndio em uma subestação de Macapá causou um apagão e comprometeu o fornecimento de energia na região. Desde então, a possibilidade de adiamento das eleições entrou no radar dos candidatos a prefeito e vereador nos 16 municípios do Estado. Na época, Rommel chegou a afirmar ter garantias de que haveria energia nos locais de votação durante as eleições municipais.

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