O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou nesta terça-feira, 21, dois hackers chineses de tentarem roubar dados para favorecer o desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus. Eles estariam atuando para o serviço de inteligência do país como parte de uma campanha mais ampla de anos de roubo cibernético.
O foco dos hackers envolve uma gama variada de indústrias, de companhias da área de defesa a fabricantes de energia solar. As autoridades do Departamento de Justiça disseram que os suspeitos às vezes trabalhavam em nome dos serviços de espionagem da China e, por vezes, para enriquecer. Uma acusação contra eles no início deste mês foi a primeira ação para tentar debelar essa ameaça.
Autoridades do governo americano informaram que, a pedido do serviço de espionagem da China, os dois hackers mudaram de foco este ano para tentar obter pesquisas sobre vacinas e outras informações sobre a pandemia de covid-19.
A acusação surge no momento em que o governo do presidente Donald Trump intensifica suas críticas a Pequim - tanto pelo roubo de segredos quanto por não conter a propagação da pandemia de coronavírus, e consolida uma escalada significativa da deterioração das relações entre os países.
Na avaliação dos americanos, a China não está trabalhando com o resto do mundo para impedir a pandemia, e sua atividade secreta pode atrasar os esforços de pesquisa. As acusações também ocorreram dias após os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido acusarem a Rússia de tentar roubar informações sobre o desenvolvimento da vacina.
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