Está acontecendo nesta terça-feira (19) na Assembleia de Deus, do bairro Bela Vista II, o velório do idoso Severino Lima da Silva, de 77 anos, que foi assassinado na noite de segunda-feira (18) em frente a sua residência quando estava sentado na porta de casa com a sua esposa Mariana Lima.
O enterro acontecerá às 16h no Jardim da Ressurreição. A vítima tinha dois filhos e três filhas. Um dos filhos é juiz federal no Maranhão, José Valterson Lima, e o outro é taxista. A vítima estava sentada em frente a sua residência com a esposa, quando dois homens em uma moto anunciaram um assalto. Ao se levantar da cadeira foi alvejado com um tiro. Ele tinha uma flauta na mão e a polícia suspeita que os bandidos acharam que se tratava de uma arma.
Késia Beatriz, neta da vítima, afirmou que estava na casa de Severino quando a tragédia aconteceu. “Ele estava sentado na calçada, eu tinha acabado de entrar porque eu ia para a faculdade e só foi o tempo de eu entrar quando escutei um barulho muito alto , como se fosse de um foguete. Quando eu corri ele ainda estava em pé, mas já estava como se fosse desfalecendo, saindo muito sangue dele. Quando o Samu chegou ele já estava morto. Eu fiquei desesperada. Ele estava daquela forma, saindo muito sangue pela boca e onde estava o projétil, na região do peito. Quando eles chegaram para abordar, a reação que ele teve foi de se levantar”, disse Késia ao GP1.
O comandante geral da Polícia Militar, Coronel Carlos Augusto, disse que conhecia a vítima e disse estar com um sentimento de derrota, por entender que existe muita impunidade. Ele afirmou que os assassinos serão presos, mas destacou que esse tipo de crime ocorre porque existe a certeza, por parte dos criminosos, de que serão soltos pela Justiça.
“Eu tenho uma relação com o bairro, fui criado aqui e conheço o seu Severino desde os 7 anos de idade. Hoje é um dia que a gente se sente derrotado, a forma de tirar a vida de alguém com 77 anos de idade, que nunca tive nem notícia de ter feito mal a quem quer que seja. É uma coisa de louco esse mundo que a gente vive. Certamente vamos prender, como prendemos todos que cometem crime nessa cidade, mas nós temos um país doente, que precisa de muitas providências que vão muito além da força policial. O sentimento que a gente tem é de derrota, não como policial, mas como sociedade mesmo. É algo que nos machuca, pois é alguém que nunca fez mal a ninguém, e a pessoa chegar e atirar na certeza da impunidade, isso é que machuca. Isso nos leva a uma reflexão muito grande, a questão da segurança pública vem se agravando cada dia”, afirmou.
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