O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu um procedimento para investigar a desembargadora Marilia Castro Neves, que atua no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e que fez postagens nas redes sociais, repercutindo informações falsas e fazendo acusações contra a vereadora Marielle Franco (PSOL), que foi assassinada com quatro tiros na quarta-feira (14).
A desembargadora fez publicações afirmando que Marielle estava “engajada com bandidos” e que há indícios de ligação da vereadora com o Comando Vermelho. Ela repetiu ainda algumas notícias falsas que estão circulando na internet que difamam a vereadora. Depois ela se desculpou pela divulgação, mas mesmo assim foi alvo de protestos.
- Foto: Renan Olaz - Mário Vasconcellos/CMRJ/DivulgaçãoDesembargadora Marilia Castro e vereadora Marielle Franco
O ministro João Otávio de Noronha, corregedor Nacional de Justiça, divulgou uma nota afirmando que será aberto um procedimento para averiguar o caso. A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) haviam ingressado na segunda-feira (19) com representações no CNJ contra a desembargadora.
“Diante das recentes notícias veiculadas em meios de comunicação sobre manifestações públicas da desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), Marília Castro Neves, a respeito da vereadora carioca assassinada, Marielle Franco, o corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, determinou a abertura de procedimento para averiguar os fatos”, destacou o corregedor em nota divulgada.
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