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Política

Câmara Federal avalia pedido de impeachment da presidente Dilma

Para que seja enviado ao Senado, o pedido deve ser aprovado por 342 parlamentares.

A sessão de votação que analisa a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, na Câmara Federal, teve início às 14h deste domingo (17). O secretário da Câmara, deputado Beto Mansur, fez a leitura da ata da sessão anterior.
Imagem: GloboSessão avalia impeachment na Câmara Federal(Imagem:Globo)Sessão avalia impeachment na Câmara Federal
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fez a leitura das regras de votação da sessão. Os deputados devem analisar o pedido de impechment protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Jr. Para que seja enviado ao Senado, o pedido deve ser aprovado por 342 parlamentares. Os deputado presentes no plenário poderão votar “sim” , “não” ou optar por abstenção. 
 
Os 513 deputados serão chamados individualmente ao microfone para proferir o seu voto. A estimativa é que cada parlamentar leve em média, 30 segundos no momento do voto. A ordem de chamada será por estado. Os primeiros a serem chamados serão os deputados de Roraima, todos em ordem alfabética. Depois, será a vez dos parlamentares do Rio Grande do Sul. A alternância será entre um estado mais ao norte e um mais ao sul, em seguida, se investe. 

Confira a sessão ao vivo: 



Na primeira parte da sessão o deputado Jovair Arantes (PTB- GO), relator do parecer do impeachment teve 25 minutos para discurso. Antes do pronunciamento, houve um tumulto entre os parlamentares. Por várias vezes, a fala de Jovair foi interrompida por Cunha, que pedia a saída dos deputados que se posicionam na mesa diretora, atrás do relator. "Aqui em cima vai ficar apenas os membros da mesa", disse o presidente da Câmara. Alguns deputados que permanecem atrás em pé atrás do presidente erguem a faixa "Fora Cunha". 

Jovair Arantes encerou seu discurso, em seguida o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do PMDB, ocupa a tribuna.  O partido é atualmente a principal sigla de oposição e possui uma bancada de 66 deputados na Casa. 

O líder do PT, deputado Afonso Florence, é o segundo representante a ocupar a tribuna. O petista iniciou o discurso declarando que "ficou nítido que não há crime de responsabilidade" e que o pedido “é golpe”. 

O PSDB é o terceiro partido com espaço para pronunciamento, feito pelo deputado Antônio Imbassahy. “Cada um terá a oportunidade de escolher de que forma entrará na história se será pela porta da frente votando ‘sim’ pelo impeachment ou pelos fundos de mãos dadas com uma presidente que mentiu para o país”, declarou. 

O deputado Aguinaldo Ribeiro, líder do Partido Progressista e ex-ministro das Cidades iniciou a fala ressaltando a importância do momento. “Não estamos vivendo um dia na política, mas um dia na história”, declarou. 

O Partido da República (PR) é o quarto na sequência de pronunciamentos, representado pelo deputado Aelton Freitas, que disse que o o pedido de impeachment "está em desacordo" com a Constituição.

Ele afirmou ainda que a aprovação do impeachment teria efeitos "imprevisíveis". Ele diz que "não houve dolo" da presidente.

O deputado Rogério Rosso (PSD-DF), presidente da Comissão do Impeachment, disse que a decisão de hoje terá "longo alcance" político, econômico, social e populacional e que os parlamentares representam 96 milhões de eleitores, o que os torna "absolutamente legitimados". O parlamentar refutou ainda a versão de que o trabalho da Comissão do Impeachment tenha sido "parcial".

 Em seu discurso, o deputado Fernando Coelho Filho (PSD) falou do sentimento de "frustração" de seu partido com o Governo Dilma e fez críticas à situação econômica atual. O socialista afirmou que Dilma "perdeu a autoridade e a credibilidade" para criar uma "agenda mínima" para tirar o país da atual situação.

Na sua fala, o deputado Pauderney Avelino (DEM) disse que "os preceitos constitucionais preliminares" "estão atendidos" no relatório de Jovair Arantes.

O deputado Márcio Marinho líder do PRB explicou o rompimento com o governo petista, criticando a corrupção. De acordo com ele, todos os 22 deputados do partido votarão a favor do impeachment. Em seguida , o deputado Wilson Filho (PTB) também se posicionou contra o governo e afirmou que "O PT fez bem ao entrar, e fará um bem ainda maior ao sair". 
 
O deputado Weverton Rocha, líder do PDT se posicionou contra o impeachment e diz que o  partido vai "defender a Constituição”. O deputado Paulinho da Força, do Solidariedade, é favor do impeachment  e aproveitou a tribuna para cantar contra o governo. A atitude acirrou os ânimos no plenário e Eduardo cunha pede ordem. 

A fala do PTN foi proferida pela deputada Renata Abreu, que se posicionou a favor do impeachment. Em seguida o deputado Daniel Almeida (PCdoB), defende a presidente Dilma Rousseff e critica o presidente da Casa. “[Dilma] é alvo de uma conspiração liderada por Eduardo Cunha, que não honra a cadeira de presidente da Câmara”, declarou. 

Os deputados André Moura (PSC) e deputado Rubens Bueno (PPS) também falaram a favor da abertura do processo de impeachment. O deputado Givaldo Carimbão do PHS afirmou que os sete deputados do partido também decidiram votar a favor do impeachment. O deputado Sarney Filho (PV) comentou a situação crítica em que o país se encontra e afirmou que o partido votará unanimemente a favor do impeachment. 

O PSOL, representado pelo deputado Ivan Valente se posiciona contra a abertura do processo de afastamento da presidente e cita as acusações de recebimento de propina por parte de Eduardo Cunha. 

Ronaldo Fonseca, líder do PROS, confirma posição pró-impeachment. “O PROS depois de muito esforço, muita conversa, decidimos votar sim pelo impeachment da presidente da república”. O parlamentar fez críticas à deputada Erika Kokay (PT), que pediu direito de resposta. Eduardo Cunha pediu que os parlamentares não citassem outros deputados nominalmente e concedeu direito de resposta à petista, em 30 segundos.  

Logo em seguida o deputado Alessandro Molon (REDE) ocupou a tribuna seguindo a ordem de pronunciamento das siglas. Ele afirmou que é contra o impeachment, mas afirmou que os deputados do partido estão livres para votarem “segundo a própria consciência”. 

O deputado Silvio Costa (PTdoB ) iniciou a fala com crítica ao presidente da Câmara. “Quem esta tentando assumir é O PCC - Partido da Corja do Cunha”, declarou. O deputado também defendeu a presidente.  “Que país é esse que um bandido quer tirar do poder uma mulher honrada?”. As declarações foram recebidas com vaias do plenário. Silvio arisscou dizer que a bancada contra o impeachment ganhará por três votos e encerrou o discurso com "Viva Dilma". 

Alfredo Kaefer (PSL) defende o impeachment e justifica pelos efeitos da crise econômica. “Nós precisamos de esperança, é isso que o povo brasileiro quer”, disse. O Partido Ecológico Nacional (PEN) tem como porta-voz o deputado Junior Marreca, que se posiciona contra o impeachment, mas afirma que a bancada está livre para a votação. 

Weliton Prado (PMB) reconheceu avanços e desenvolvimento do Brasil nos primeiros dois mandados, em que Lula foi presidente, mas firmou que o atual governo de Dilma está regredindo. “Sabemos que a saída para o nossos país não é o Temer e não é Cunha”, disse. 
 
O tucano Miguel Haddad fala em nome da minoria “Não estamos hoje aqui julgando a natureza dos muitos crimes cometidos pela presidente Dilma Rousseff, o que estamos a decidir com nosso voto hoje aqui na Câmara, e depois no Senado, é o futuro do país que está destroçado”, declarou. 

O deputado petista José Guimarães fala como líder do governo, é o ultimo a oculpar a tribuna em representação dos partidos. Ele diz acreditar que o impeachment não passará para o Senado. 

A chamada nominal é iniciada pelo estado de Roraima, com 10 segundos para cada deputado. O primeiro a pronunciar o voto é o deputado Washington Reis (PMDB- RJ) será o primeiro a votar por motivos de saúde. Foi o primeiro voto a favor do impeachment. 

Seguindo a ordem antes feita são feitas as chamadas dos deputados de Roraima, em seguida do Rio Grande do Sul.  
 
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