Líderes da Câmara devem se reunir na próxima semana para debater o que poderá ser feito com o mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson Carmo.
“Estamos aguardando o recebimento da documentação pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. E, na próxima semana, vou fazer reunião da Mesa (Diretora) e depois uma reunião com os líderes. Vamos discutir o assunto e ver de que forma a Câmara quer encaminhar esse assunto”, afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quarta-feira, 26. “Vou reunir a Mesa, vou reunir os líderes e vamos decidir em conjunto. Eu não posso decidir tudo sozinho, não é o melhor caminho”, disse.
O caso envolvendo Flordelis aumentou a pressão sobre Maia pela reabertura do Conselho de Ética da Câmara. Se o caso for enviado ao colegiado e o órgão decidir instaurar um processo, a deputada poderá ter o mandato cassado.
Apontada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) como mandante do assassinato, Flordelis teria arquitetado o crime por estar insatisfeita com a forma com que o pastor geria o dinheiro da família. Segundo os investigadores, ela tentou assassinar o pastor pelo menos seis vezes por envenenamento, além de contratar pistoleiros em outras duas oportunidades.
Durante o inquérito, a polícia e o MPRJ se depararam com uma troca de mensagens em que Flordelis sugere que o assassinato do marido seria a única saída. "Quando ela convence e fala com um outro filho que está aqui denunciado, o André, sobre esse plano de matar Anderson, ela fala da seguinte maneira: 'Fazer o quê? Separar dele não posso, porque senão ia escandalizar o nome de Deus', e então resolve matar. Ou seja, nessa lógica torta, o assassinato escandalizaria menos", contou o promotor Sergio Lopes Pereira, em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira, 24.
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