O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 28, esperar que sejam "reais" os dados da China sobre casos confirmados de pessoas infectadas pelo coronavírus. "A gente espera que os dados da China sejam reais, (que seja) só isso de pessoas contaminadas. Se bem que é bastante. Mas a gente sabe que esses países são mais fechados no tocante à informação", disse Bolsonaro.
O presidente afirmou que deve tratar ainda nesta terça com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), sobre o avanço da doença. "A OMS (Organização Mundial de Saúde) está dando no grau máximo a questão da periculosidade de o vírus se espalhar pelo mundo. Já aconteceu na questão do H1N1, em outros momentos da história aqui. Então temos que ficar preocupados", declarou o presidente.
Bolsonaro disse que não deve, por enquanto, retirar famílias brasileiras de regiões onde há pessoas infectadas. "Pelo que parece tem uma família na região onde o vírus está atuando. Não seria oportuno a gente tirar de lá, com todo o respeito.
Pelo contrário, agora não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas", disse Bolsonaro, sem deixar claro se falava de uma família brasileira nas Filipinas que esteve recentemente Wuhan, na China, epicentro do surto da doença.
O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira, 27, estar em contato com a família. Os brasileiros aguardam resultados de exames, mas não têm os sintomas da doença, segundo o ministério.
No Brasil há um caso de coronavírus sob suspeita, registrado em Minas Gerais. Trata-se de uma mulher de 22 anos que esteve na China recentemente. Ela foi atendida em um hospital de Belo Horizonte com sintomas de doença respiratória e está isolada. Pelo menos 12 países, em 3 continentes, já reportaram casos. As mortes na China somam 106.
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