Davi Fernandes
O presidente do Diretório Municipal do Progressistas em Teresina, vereador Aluísio Sampaio, encaminhou direito de resposta ao GP1, nesta quarta-feira (20), afirmando que o Título de Cidadão Teresinense do empresário Adailton Maturino dos Santos, acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa, poderá ser revogado, em caso de comprovação dos crimes.
Adailton, foi preso na manhã de ontem (19), em Salvador/BA, no âmbito da Operação Faroeste por supostamente participar do esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia. Em 2018, foi homenageado pela Câmara Municipal com a concessão de título honorifico de ‘Cidadão Teresinense’, através de proposição de autoria do vereador Aluísio Sampaio.
- Foto: Reprodução/Facebook
Adailton Maturino
Por meio de nota, assessoria de imprensa do vereador Aluísio Sampaio informou que a apresentação do título ocorreu devido a um esforço do parlamentar, para que fosse aberta uma estrutura diplomática em Teresina, na qual foi apoiada por outros Poderes do Estado.
Ainda conforme a nota, as acusações contra o empresário eram desconhecidas pelo parlamentar e com isso, serão tomadas medidas para que o título seja revogado.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Aluísio Sampaio discursando no evento do Progressistas
Confira a nota do vereador Aluísio na íntegra:
A apresentação do Título ao Senhor Adailton Maturino dos Santos, na qualidade de Cônsul Honorário de Guiné-Bissau, ocorreu devido aos esforços, até então informados, para abertura de uma estrutura diplomática em Teresina, inclusive sendo recebido por várias autoridades de outros Poderes deste Estado.
As acusações que pesam sobre o investigado eram desconhecidas por este proponente e , caso sejam comprovadas, serão adotadas as providências legais e cabíveis para a revogação do Título que é concedido pela Câmara, formalizado em Projeto de Decreto Legislativo por Vereador e aprovado pelo Plenário.
Entenda o caso
O empresário Adailton Maturino dos Santos é velho conhecido da Justiça piauiense onde responde ação penal acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa. Ele e mais dois advogados foram presos em 19 de novembro de 2014 pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado – Greco acusados de pagar propina para uma faxineira que prestava serviços de limpeza na Corregedoria Geral de Justiça em troca de um processo administrativo que comunicava irregularidades em procedimento em tramite na 2ª Vara Cível da Comarca de Teresina/PI. As prisões foram convertidas em preventivas em 21 de novembro de 2014.
Adailton Maturino foi solto no dia 16 de dezembro de 2014 pelo juiz Luiz de Moura Correia, da Central de Flagrantes, sob o compromisso de não se ausentar da Comarca de Teresina ou mudar de endereço sem prévia comunicação.
A ação penal corre na 1ª Vara Criminal de Teresina/PI.
Título na Câmara Municipal
Quase quatro anos após ser preso, o empresário voltou a Teresina, em 2018 e recebeu o título de ‘Cidadão Teresinense’, através de proposição de autoria do vereador Aluísio Sampaio (Progressista).
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