O GP1 entrevistou, na manhã desta quinta-feira (07), o advogado Faustino Lima Sá, responsável pela defesa de Moaci Júnior, envolvido no acidente que tirou a vida dos irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, e deixou em estado grave o jornalista Jader Damsceno, todos eles integrantes do Coletivo Salve Rainha.
“Eu pedi afastamento em março, porque sou professor e não estava dando para conciliar o tempo, não foi por causa disso [para acompanhar Moaci], até mesmo porque nós, advogados, somos livres para advogar em qualquer situação, é o direito da defesa ter um advogado, isso aí eu não sou covarde para admitir. Estes são acontecimentos em que infelizmente o nosso nome é veiculado sem que se busquem a veracidade dos fatos”, explicou.
Moaci Júnior estaria abalado psicologicamente, segundo Faustino Lima. “A delegada foi ontem na casa dele e ele estava rezando um terço, esse tipo de coisa, que se a gente for dizer na mídia, ninguém acredita, porque querem crucificar a pessoa, que infelizmente se envolveu em um evento desastroso, mas a gente sequer tem competência para falar em peso sobre isso, porque é de competência do poder judiciário”, declarou.
Em relação a grande comoção que o acidente causou, Faustino alertou para a importância de não buscar punitivismo e esperar a ação da Justiça. “Eu perdi meu irmão em uma circunstância extremamente parecida com essa e nunca busquei punitivismo ou outra coisa que não fossem as providências legais, agora ficar estimulando [punitivismo] é atitude de irresponsabilidade porque usurpa a competência jurisdicional. Todos os dias morrem pessoas vítimas de acidentes de trânsito em Teresina, e não se discute a respeito”, ressaltou.
Questionado sobre a possibilidade de Moaci Júnior responder por homicídio, o jurista foi enfático. “A denúncia será formulada pelo promotor de justiça. Seria irresponsabilidade minha dizer, pois o promotor é autônomo nesse processo. O inquérito tem trinta dias para ser concluído, as provas produzidas são apresentadas ao promotor, que analisa o caso e tem mais quinze dias para oferecer a denuncia, e a defesa, por sua vez, tem dez dias para ser apresentada”, finalizou.
Relembre o caso
Júnior e o irmão Bruno Queiroz foram vítimas de um acidente de trânsito, no domingo (26), na Avenida Miguel Rosa. Eles e o amigo, jornalista Jader Damasceno, estavam em um Fusca branco quando foram surpreendidos por um Corolla preto, conduzido pelo estudante de publicidade e propaganda, Moaci Moura da Silva.
Imagem: Divulgação/OAB-PIFaustino Lima Sá
O jurista se pronunciou a respeito do caso e sobre a recente polêmica envolvendo seu nome, com a informação de que ele teria se afastado da presidência da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Piauí (OAB-PI) para acompanhar Moaci. “Eu pedi afastamento em março, porque sou professor e não estava dando para conciliar o tempo, não foi por causa disso [para acompanhar Moaci], até mesmo porque nós, advogados, somos livres para advogar em qualquer situação, é o direito da defesa ter um advogado, isso aí eu não sou covarde para admitir. Estes são acontecimentos em que infelizmente o nosso nome é veiculado sem que se busquem a veracidade dos fatos”, explicou.
Moaci Júnior estaria abalado psicologicamente, segundo Faustino Lima. “A delegada foi ontem na casa dele e ele estava rezando um terço, esse tipo de coisa, que se a gente for dizer na mídia, ninguém acredita, porque querem crucificar a pessoa, que infelizmente se envolveu em um evento desastroso, mas a gente sequer tem competência para falar em peso sobre isso, porque é de competência do poder judiciário”, declarou.
Imagem: DivulgaçãoMoaci Moura
O advogado contou que está acompanhando o caso desde o início. “Não dá para fazer pré-julgamentos. A advocacia é como a medicina, já pensou se um médico fosse atender a um paciente e perguntasse o que ele faz e o que ele deixou de fazer? Nós somos advogados, nós defendemos a lei”, comentou.Em relação a grande comoção que o acidente causou, Faustino alertou para a importância de não buscar punitivismo e esperar a ação da Justiça. “Eu perdi meu irmão em uma circunstância extremamente parecida com essa e nunca busquei punitivismo ou outra coisa que não fossem as providências legais, agora ficar estimulando [punitivismo] é atitude de irresponsabilidade porque usurpa a competência jurisdicional. Todos os dias morrem pessoas vítimas de acidentes de trânsito em Teresina, e não se discute a respeito”, ressaltou.
Questionado sobre a possibilidade de Moaci Júnior responder por homicídio, o jurista foi enfático. “A denúncia será formulada pelo promotor de justiça. Seria irresponsabilidade minha dizer, pois o promotor é autônomo nesse processo. O inquérito tem trinta dias para ser concluído, as provas produzidas são apresentadas ao promotor, que analisa o caso e tem mais quinze dias para oferecer a denuncia, e a defesa, por sua vez, tem dez dias para ser apresentada”, finalizou.
Relembre o caso
Júnior e o irmão Bruno Queiroz foram vítimas de um acidente de trânsito, no domingo (26), na Avenida Miguel Rosa. Eles e o amigo, jornalista Jader Damasceno, estavam em um Fusca branco quando foram surpreendidos por um Corolla preto, conduzido pelo estudante de publicidade e propaganda, Moaci Moura da Silva.
Imagem: Divulgação/FacebookBruno Queiroz
Bruno morreu na hora, já o irmão chegou a ficar internador no Hospital de Urgência de Teresina, mas não resistiu e teve morte cerebral confirmada pela equipe médica. A família de Júnior autorizou a doação dos órgãos.
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