Acusado pela morte de Emídio Reis pega 39 anos de cadeia

O primeiro acusado pela morte do ex-vereador de São Julião, Emídio Reis da Rocha foi condenado pelo Tribunal Popular do Júri da Comarca de Picos. José Gildásio de Brito, denunciado pelo Ministério Público como um dos executores do crime, pegou 39 anos e 20 dias de reclusão. A pena será cumprida, a princípio, em regime fechado.

Presidido pela juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo, o julgamento teve início as 9h45 de ontem e terminou por volta das 5h da manhã desta quarta-feira, 19. Durante toda a sessão o auditório do Fórum “Governador Helvídio Nunes de Barros” esteve lotado de familiares e amigos do ex-vereador Emídio Reis.
A vítima desapareceu em 31 de janeiro de 2013 e seu corpo somente foi encontrado cinco dias depois em uma região remota do município de Pio IX. Cinco pessoas foram acusadas e denunciadas pelo Ministério Público como participantes do crime, que teve ampla repercussão em todo o estado do Piauí.

No julgamento de José Gildásio de Brito o Conselho de Sentença, composto por cinco homens e duas mulheres, acatou a tese da acusação e o réu foi condenado pelos crimes de homicídio (30 anos), sequestro (7 anos) e ocultação de cadáver (2 anos e 20 dias). As penas somadas chegam a 39 anos e 20 dias de reclusão.
Insatisfeito com o resultado do julgamento o advogado de defesa, Gleuton Portela, anunciou que vai recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.

Outros réus

Além de José Gildásio de Brito, já condenado, outras quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participarem da morte do ex-vereador Emídio Reis. Três delas estão presas e também deverão ser submetidos a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri. O quarto envolvido, Joaquim Pereira Neto, o Joaquim do Gabriel, apontado como agenciador, morreu em um acidente de moto no dia 19 de fevereiro deste ano.
Denunciado pelo Ministério Público Estadual como mandante do crime, o vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira, está preso no quartel do 4º Batalhão Policial Militar, em Picos, à espera do julgamento. Na Penitenciária Regional de Picos estão os outros três réus, Antônio Sebastião de Sá (Virgílio), Valter Ricardo da Silva e José Gildásio de Brito, acusados de serem os executores do crime.