Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública sustenta que declarações na reunião ministerial de 22 de abril 'foram evidenciadas pelos fatos posteriores', que culminaram em sua saída do Governo.
A investigação em torno das acusações sobre interferências de Bolsonaro na PF continua impactando o mercado, que viu a moeda bater em R$ 5,88 na máxima do dia e a B3 perder os 79 mil pontos.
Agendadas para as 15h, as oitivas serão realizadas simultaneamente no Palácio do Planalto e marcam o segundo dia de depoimentos agendados pela PF por determinação do o ministro Celso de Mello
Depois dos depoimentos dos policiais, serão chamados os ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto que teriam testemunhado intimidações do presidente ao ex-ministro da Justiça.
Defesa do governo pede que decano reavalie ordem de entrega da íntegra do vídeo e restrinja decisão judicial a apenas momentos relacionados com as acusações de Moro
Em depoimento, Moro ressaltou a pressão do presidente Jair Bolsonaro pela troca do superintendente da Polícia Federal no Rio, mas deixou perguntas no ar.
Autos revelam em 166 páginas o que foi apurado, até aqui, sobre as acusações do ex no isto da Justiça e Segurança Pública que atribui ao presidente interferência na Polícia Federal.
Autos revelam em 166 páginas o que foi apurado, até aqui, sobre as acusações do ex no isto da Justiça e Segurança Pública que atribui ao presidente interferência na Polícia Federal.
Em depoimento à Polícia Federal, ex-ministro de Justiça e Segurança Pública disse que em nenhum momento de seu pronunciamento afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teria praticado crime.
Moro disse no depoimento que recebeu mensagem pelo aplicativo WhatsApp do Presidente da República, solicitando a substituição do Superintendente do Rio de Janeiro.
Moro afirmou que Bolsonaro teria dito que se não pudesse trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro, trocaria o diretor-geral e o próprio ministro da Justiça.
Três dias depois de fazer depoimento de mais de oito horas na Polícia Federal e ratificar denúncias contra Bolsonaro de ingerência na corporação, ex-ministro fez desabafo no Twitter.
Em seu longo depoimento de oito horas na sede da PF em Curitiba, ex-juiz da Lava Jato mencionou colegas do governo que estiveram presentes em reuniões e que poderiam confirmar declarações.
Na manhã de sábado, o presidente Jair Bolsonaro chamou o ex-ministro de 'Judas', xingamento utilizado por apoiadores do governo na sede da Superintendência da Polícia Federal.
Antes da chegada do ex-ministro, um grupo de apoiadores do presidente (menos de 100 pessoas) ficou desde as 10 horas na frente da sede da PF com palavras de ordem contra Moro e a imprensa.
“Pelo que entendi, se o diretor da PF ficasse, o ministro continuaria nesse ‘governo criminoso’ que ele revelou só agora, é isso mesmo?”, questionou a deputada.
Celso de Mello também fixou um prazo de 60 dias para que a Polícia Federal escute Moro, conforme solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Presidente voltou a rebater Sérgio Moro, que o acusou sobre tentar interferir na PF, e disse que ex-ministro terá de provar ‘acusações graves’ na Corte.