Em Cuba, Lula defende regulamentação das redes sociais no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesse sábado (16), da reunião do G77, que acontece em Havana, capital de Cuba. Em um discurso que durou pouco mais de 10 minutos, o representante brasileiro defendeu diversos pontos ligados ao regime cubano, como a regulamentação das redes sociais.

O presidente brasileiro começou o discurso saudando Miguel Díaz-Canel, lídero cubano, e em seguida afirmou que o país caribenho é vítima de um “embargo ilegal”, referindo-se aos bloqueios econômicos promovidos pelos Estados Unidos. “Saúdo o Presidente Miguel Díaz-Canel e o povo cubano pela sua hospitalidade. É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta Cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa e até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal”, disse o presidente Lula.

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Outro ponto abordado por Lula foi a entrada de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo. "O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo", criticou o petista.

O líder brasileiro, que foi o primeiro a discursar no encontro, também apoiou a regulamentação das redes sociais. “O projeto de diretrizes globais para regulamentação de plataformas digitais, da Unesco, equilibra a liberdade de expressão e o acesso à informação com a necessidade de coibir a disseminação de conteúdos que contrariam a lei, ou ameaçam a democracia e os direitos humanos”, afirmou Lula.

Cúpula do G77

A Cúpula do G77, realizada nesse ano, em Havana, Cuba, tem como objetivo discutir os desafios para o desenvolvimento dos países do Sul Global. O Grupo dos 77 é a principal organização de países em desenvolvimento da ONU e promove interesses compartilhados entre essas nações, exercendo influência significativa na economia e nas relações de cooperação, desenvolvimento e multilateralismo.

O G77 tem origem na assinatura de uma declaração conjunta entre 77 países da Ásia, África e América Central e do Sul em Genebra, durante a 1ª sessão da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em 1964.