O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, aproveitou sua primeira viagem ao exterior para propor uma nova abordagem nas relações com a Europa, buscando evitar a replicação dos desafios enfrentados por Pequim e Washington. Durante encontros na Alemanha e na França nesta semana, Li Qiang buscou atrair a atenção de representantes governamentais e empresariais, priorizando áreas de interesse comum entre os dois blocos.
Durante a Cúpula do Novo Pacto Financeiro em Paris, convocada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, Li Qiang prometeu colocar a luta contra a mudança climática como uma prioridade e anunciou um acordo de alívio da dívida da Zâmbia. Essas medidas refletem a estratégia de Pequim em se aproximar da Europa, abordando questões comerciais e de cooperação climática, enquanto evita tópicos mais controversos, como o apoio chinês à Rússia na Guerra da Ucrânia.
Em contraste, as autoridades chinesas têm condicionado a cooperação climática com os Estados Unidos a demandas de política externa. Essa nova abordagem de Pequim ocorre em um momento em que a Comissão Europeia busca maneiras de reduzir os riscos em seu relacionamento econômico com a China, diminuindo a dependência de matérias-primas e restringindo a exportação de tecnologia avançada.
A estratégia adotada por Li Qiang mostra a intenção de fortalecer as relações entre China e Europa, destacando áreas de convergência de interesses, como a luta contra a mudança climática. Ao separar questões mais complexas, como o envolvimento chinês na Guerra da Ucrânia, Pequim busca estabelecer uma abordagem mais equilibrada e construtiva para o diálogo com o bloco europeu. Enquanto a Europa busca mitigar riscos em sua relação com a China, a nova postura chinesa reflete uma tentativa de estabelecer bases sólidas para um relacionamento econômico mais estável e benéfico para ambas as partes.
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