O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, mandou um recado para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e para o Ministério da Defesa da Rússia. Em vídeo divulgado nessa sexta-feira (23), ele teceu ameaças a Putin.
Mais cedo, o Grupo Wagner deu início a uma rebelião armada no país e Prigozhin divulgou um comunicado para justificar o rompimento com o Exército de Putin. Como consequência, a segurança de Moscou, por exemplo, foi reforçada e já os acessos ao Kremlin, sede do governo russo, tiveram de ser totalmente bloqueados.
URGENTE: Veículos militares na capital da Rússia, Moscou, após ameaças do grupo Wagner, alerta máximo emitido. pic.twitter.com/koRTCZKtD1
— Tuca ???? Reloaded (@tucabr54) June 23, 2023
Prigozhin afirmou que os líderes militares do país atacaram uma de suas bases militares e mataram uma “grande quantidade” de soldados de suas forças. O chefe do Grupo Wagner declarou que o Ministério da Defesa traiu seu exército privado, e, por isso, vai “responder a essas atrocidades”.
O Kremlin rebateu as acusações e garantiu que as afirmações de Prigozhin não correspondem à realidade e são uma provocação informativa. Autoridades da Rússia confirmaram que Putin está ciente dos acontecimentos, e as medidas necessárias “estão sendo adotadas”.
Leia o texto de Yevgeny Prigozhin na íntegra:
“O Conselho de Comandantes do PMC Wagner tomou uma decisão: o mal trazido pela liderança militar do país deve ser interrompido. Eles negligenciam a vida dos soldados. Esqueceram a palavra ‘justiça’ e vamos trazê-la de volta. Aqueles que destruíram hoje nossos homens, que destruíram dezenas de milhares de vidas de soldados russos, serão punidos. Ninguém resiste. Todos que tentarem resistir, os consideraremos um perigo e os destruiremos imediatamente, incluindo quaisquer postos de controle em nosso caminho. E qualquer aviação que vemos acima de nossas cabeças. Peço a todos que mantenham a calma, não cedam às provocações e permaneçam em suas casas. O ideal é que aqueles que estão no nosso caminho não saiam. Depois de terminarmos o que começamos, voltaremos à linha de frente para proteger nossa pátria. Autoridade presidencial, governo, ministério de assuntos internos, Rosgvardia e outros departamentos continuarão operando como antes. Vamos lidar com aqueles que destroem soldados russos. E voltaremos à linha de frente. A Justiça no Exército será restaurada. E, depois disso, justiça para toda a Rússia”.
Ver todos os comentários | 0 |