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Presidente da Uganda rebate críticas à lei Anti-LGBTQIA+

"Se algum país interferir em nosso comércio, devemos fazer comércio com outros" disse o presidente.

O presidente da Uganda, Yoweri Museveni, rebateu as críticas feitas à lei Anti-LGBTQIA+ nessa quinta-feira (01). O discurso foi feito durante reunião com membros de seu partido, o Movimento Nacional de Resistência (NRM).

Durante o evento, Yoweri disse que se outros países cortarem as parcerias econômicas com Uganda, por não concordarem com a lei homofóbica, todos devem estar preparados.


“Se eles cortarem ajudas, nós devemos sentar e disciplinar nossas despesas. Se eles interferirem em nossas trocas (comércio), nós devemos fazer trocas com outros...Vocês devem estar preparados para uma guerra. E não se pode ganhar uma guerra, quando você está em busca de prazeres. A guerra não é para uma vida macia”, disse o presidente da Uganda.

Presidente diz que já estudou o “problema”

Museveni começou o discurso para seus aliados de partido dizendo que “o problema da homossexualidade é um problema muito sério, porque é um problema da raça humana. Então, não é algo que você deve discutir...Você apenas fala porque tem certeza do que está dizendo. De outra forma, fique calado”.

No entanto, momentos depois, o mandatário diz que já estudou sobre o assunto e que chegou à conclusão que é uma “desorientação psicológica”. “Em 2014, eu comecei a tentar estudar esse problema. O que é isso? Seria a homossexualidade genética? Está em pessoas que a herdaram? Isso é hormonal, que alguém pega por desequilíbrio hormonal? Porque tem algumas pessoas que têm esses problemas de hormônio... A conclusão foi: não. Isso é uma desorientação psicológica de algumas pessoas”, disse Yoweri Museveni. "É uma desorientação psicológica, onde alguém, por conta de alguma experiência, odeia as pessoas que devia amar e ama as pessoas que não deviam amar. É tipo uma doença”, assim Yoweri concluiu a sua linha de raciocínio.

A Lei Anti-LGBTQIA+ na Uganda

Na última sexta-feira (29), o presidente aprovou uma lei contra a comunidade LGBTQIA+ do país. A Lei prevê inclusive pena de morte para os casos denominados na lei como “homossexualidade agravada”, quando ocorre uma relação sexual entre pessoas do mesmo sexo e um dos parceiros é soropositivo.

Para aqueles que “promoverem a homossexualidade”, é prevista pena de 20 anos de prisão.

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